Centenas de pessoas participam numa manifestação
em Lisboa que junta vários movimentos sociais em solidariedade com os
Estivadores de Portugal, num protesto contra as medidas de austeridade
do Governo, e durante a qual já foram lançados vários petardos e
objectos.
Vítor Dias, do sindicato destes profissionais, já disse em declarações à Renascença que não há acordo com o Governo à vista. “Houve uma reunião e não trouxeram de lá acordo nenhum. Há dois pré-avisos de greves que estão emitidos, houve ontem reunião e não foi possível chegar a acordo”, disse o sindicalista.“Ou seja, aquele acordo de há 15 dias foi denunciado pelas associações no dia 9, ficámos sem perceber porquê. Todos fizeram uma proposta concreta do que pretendiam, falaram efectivamente de utilizar trabalhadores temporários em serviços mínimos, os quais nós não podemos porque não são nossos associados”, acrescentou Vítor Dias. Os manifestantes, que saíram do Cais do Sodré e seguem para o Rossio, juntam-se à acção de protesto convocada pela CGTP, tendo já havido confrontos com a polícia que reforçou o dispositivo com elementos do Corpo de Intervenção. Chegados à Assembleia, conseguiram deitar abaixo toda a barreira metálica de segurança frente ao Parlamento.
A manifestação iniciada no Cais do Sodré é liderada pelos estivadores, que empunham um cartaz a dizer: "Tenham vergonha, escutem o povo".
Esta manhã, o Sindicato dos Estivadores de Lisboa voltou a insistir não haver motivos para uma requisição civil e a responsabilizar o Governo pelos prejuízos do protesto.
Passos admite impor serviços mínimos aos estivadores
O primeiro-ministro admitiu vir a impor serviços mínimos na greve dos estivadores para garantir o funcionamento dos portos, se não for alcançado um acordo entre operadores e sindicatos.
"Se houver dificuldade em fixar um nível razoável de serviços mínimos, tal como a lei prevê, será o Governo a fazê-lo e o Governo não deixará de exercer essas competências para que possamos contar com regras claras e as condições que podem esperar sobre o funcionamento dos portos portugueses se falharem as vias negociais", afirmou.
Passos Coelho explicou que as negociações decorrem "há mais de mês e meio" e admitiu que "hoje deve ser conhecido o acordo que terá sido alcançado entre os operadores e os sindicatos".
Em dia de greve nacional, o governante atribuiu à greve dos estivadores "a quebra das exportações portuguesas no terceiro trimestre, que atingiram quase 200 milhões de euros".
rr
Vítor Dias, do sindicato destes profissionais, já disse em declarações à Renascença que não há acordo com o Governo à vista. “Houve uma reunião e não trouxeram de lá acordo nenhum. Há dois pré-avisos de greves que estão emitidos, houve ontem reunião e não foi possível chegar a acordo”, disse o sindicalista.“Ou seja, aquele acordo de há 15 dias foi denunciado pelas associações no dia 9, ficámos sem perceber porquê. Todos fizeram uma proposta concreta do que pretendiam, falaram efectivamente de utilizar trabalhadores temporários em serviços mínimos, os quais nós não podemos porque não são nossos associados”, acrescentou Vítor Dias. Os manifestantes, que saíram do Cais do Sodré e seguem para o Rossio, juntam-se à acção de protesto convocada pela CGTP, tendo já havido confrontos com a polícia que reforçou o dispositivo com elementos do Corpo de Intervenção. Chegados à Assembleia, conseguiram deitar abaixo toda a barreira metálica de segurança frente ao Parlamento.
A manifestação iniciada no Cais do Sodré é liderada pelos estivadores, que empunham um cartaz a dizer: "Tenham vergonha, escutem o povo".
Esta manhã, o Sindicato dos Estivadores de Lisboa voltou a insistir não haver motivos para uma requisição civil e a responsabilizar o Governo pelos prejuízos do protesto.
Passos admite impor serviços mínimos aos estivadores
O primeiro-ministro admitiu vir a impor serviços mínimos na greve dos estivadores para garantir o funcionamento dos portos, se não for alcançado um acordo entre operadores e sindicatos.
"Se houver dificuldade em fixar um nível razoável de serviços mínimos, tal como a lei prevê, será o Governo a fazê-lo e o Governo não deixará de exercer essas competências para que possamos contar com regras claras e as condições que podem esperar sobre o funcionamento dos portos portugueses se falharem as vias negociais", afirmou.
Passos Coelho explicou que as negociações decorrem "há mais de mês e meio" e admitiu que "hoje deve ser conhecido o acordo que terá sido alcançado entre os operadores e os sindicatos".
Em dia de greve nacional, o governante atribuiu à greve dos estivadores "a quebra das exportações portuguesas no terceiro trimestre, que atingiram quase 200 milhões de euros".
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