15 de novembro de 2012

Agepor admite militares a operar nos portos em greve

A Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (Agepor) acusa os estivadores em greve de estarem a agravar o desemprego e a inviabilizar a recuperação da economia nacional, propondo medidas excecionais, nomeadamente a hipótese de os militares serem chamados a operar nos portos em greve.
A Agepor refere que a greve na estiva "tem vindo a 'destruir' a atividade económica nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz. Constata que "os armadores, as empresas suas Associadas e outros atores económicos sedeados nos portos em greve estão a operar em prejuízo continuado e começam a ter dificuldade em garantir os postos de trabalho", as empresas e fábricas "que estavam a ter na exportação a única saída para a crise no mercado interno, veem frustrado o seu enorme esforço de sobrevivência, por falta de matérias-primas para transformar e por atrasos sistemáticos no envio das suas exportações, colocando em causa a sua sobrevivência", começando, por incumprimento de prazos de entrega, "a ter cancelamentos na carteira de encomendas. Muitas destas empresas e fábricas não resistirão e o seu pessoal e operários irão engrossar os números trágicos do desemprego".


Refere ainda, como agravante, que "aos estivadores em greve lhes foi já garantida pelos seus empregadores (...) a proteção dos postos de trabalho e níveis de rendimento que, como é do conhecimento público, são bem acima da média nacional", algo que contrasta com aquilo que vem sendo a realidade nacional.

Sobre a possibilidade da requisição civil, a Agepor defende que "esta via não resolve o problema da reposição do funcionamento dos portos em greve".

"A Agepor questiona se perante esta situação não se deviam considerar medidas de total exceção e como tal colocar os militares a operar os portos em greve", conclui a Associação em comunicado.

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