Antigo ministro da Economia diz não entender “que um grupo profissional
tenha o poder suficiente para provocar semelhante grau de prejuízo”.
Pede ainda ao Governo que “não complique” a vida às empresas que estão a
crescer.
O antigo ministro da Economia Daniel Bessa defende que o Governo já deveria ter avançado com a requisição civil nos portos.
Os estivadores e operadores portuários chegaram a "meio acordo" e, até agora, só há serviços mínimos para a greve nos portos de Aveiro e Figueira da Foz.
“Acho
que há aqui um prejuízo nacional e tenho alguma dificuldade em perceber
que um grupo profissional tenha poder suficiente para provocar
semelhante grau de prejuízo”, critica Daniel Bessa.
O antigo
ministro reconhece que a decisão é difícil e tem de ser tomada "por
gente que tem muito a ponderar", mas, mesmo “correndo o risco de ter
impulso a mais e ponderação a menos, diria que sim”. Daniel
Bessa abre, esta quarta-feira, o sexto encontro da COTEC Portugal, a
associação empresarial para a inovação, de que é director-geral, e aí
defenderá que as empresas portuguesas em expansão só querem que o
Governo não atrapalhe. “As empresas que estão a crescer bastante não se
preocupam muito com o Governo, portanto, não procuram grandes ajudas”,
argumenta.
O director-geral da COTEC sublinha que as empresas
procuram evitar “contrariedades do lado público”, pelo que "é isso que,
basicamente, se pede ao Governo: que não complique com as autorizações,
com a parte regulamentar, com as burocracias”.
O sexto encontro da COTEC Portugal vai ser encerrado pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
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