23 de novembro de 2012

Estivadores estrangeiros vão juntar-se ao protesto junto à Assembleia

Mais de uma centena de estivadores estrangeiros vão participar na manifestação agendada para a próxima quinta-feira, junto à Assembleia da República, para contestar a nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, cuja votação na generalidade está marcada para esse dia. 
O presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, Vítor Dias, disse à Lusa que mais de uma centena de estivadores de Espanha, França, Dinamarca, Suécia e Bélgica já confirmaram que estarão no protesto marcado para a próxima quinta-feira.
"Solidarizaram-se com a nossa luta e fazem questão de estar presentes na nossa manifestação", afirmou o dirigente sindical, adiantando que vários portos europeus vão paralisar entre as 13.00 horas e as 15.00 horas, como forma de se associarem à "luta" dos estivadores que rejeitam o novo regime jurídico do trabalho portuário.
A nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, que está na origem das sucessivas greves dos estivadores, nos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, teve o acordo de alguns sindicatos, afetos à UGT, que - segundo o Governo - representam 60% dos trabalhadores e operadores portuários.
"[A proposta de lei] será debatida na generalidade no Parlamento a 29 de novembro e depois segue-se a discussão na especialidade e a aprovação final e esse vai ser um dia em que a eficiência portuária será aumentada e todos aqueles que, em diálogo, promoveram o acordo verão esse esforço de negociação premiado", afirmou, na quarta-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.
No dia em que está agendada a discussão da proposta de lei na generalidade, começa um novo período de greve dos estivadores, que se prolonga até 5 de dezembro, altura em que começa uma nova paralisação por mais quatro dias, até 9 de dezembro. 
 Os estivadores estão em greves sucessivas desde 17 de setembro.
De acordo com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, o novo regime vai permitir descer a fatura portuária entre 25% a 30%, tornando os portos nacionais mais competitivos.
jn 


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