Mais de uma centena de estivadores
estrangeiros vão participar na manifestação agendada para a próxima
quinta-feira, junto à Assembleia da República, para contestar a nova lei
sobre o regime jurídico do trabalho portuário, cuja votação na
generalidade está marcada para esse dia.
O presidente do Sindicato dos
Estivadores do Centro e Sul, Vítor Dias, disse à Lusa que mais de uma
centena de estivadores de Espanha, França, Dinamarca, Suécia e Bélgica
já confirmaram que estarão no protesto marcado para a próxima
quinta-feira.
"Solidarizaram-se com a nossa luta e fazem questão
de estar presentes na nossa manifestação", afirmou o dirigente sindical,
adiantando que vários portos europeus vão paralisar entre as 13.00
horas e as 15.00 horas, como forma de se associarem à "luta" dos
estivadores que rejeitam o novo regime jurídico do trabalho portuário.
A
nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, que está na
origem das sucessivas greves dos estivadores, nos portos de Lisboa,
Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, teve o acordo de alguns sindicatos,
afetos à UGT, que - segundo o Governo - representam 60% dos
trabalhadores e operadores portuários.
"[A proposta de lei] será
debatida na generalidade no Parlamento a 29 de novembro e depois
segue-se a discussão na especialidade e a aprovação final e esse vai ser
um dia em que a eficiência portuária será aumentada e todos aqueles
que, em diálogo, promoveram o acordo verão esse esforço de negociação
premiado", afirmou, na quarta-feira, o secretário de Estado dos
Transportes, Sérgio Monteiro.
No dia em que está agendada a
discussão da proposta de lei na generalidade, começa um novo período de
greve dos estivadores, que se prolonga até 5 de dezembro, altura em que
começa uma nova paralisação por mais quatro dias, até 9 de dezembro.
Os estivadores estão em greves sucessivas desde 17 de setembro.
De
acordo com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, o novo regime
vai permitir descer a fatura portuária entre 25% a 30%, tornando os
portos nacionais mais competitivos.
jn
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