20 de novembro de 2012

Governo terá de ditar novos serviços mínimos para greve dos estivadores

Sindicatos da Frente Comum e operadores portuários terminaram a reunião desta terça-feira sem chegar a acordo para serviços mínimos na greve que dura até 5 de Dezembro. Governo será novamente chamado a intervir.
Não foi possível chegar novamente a acordo para os serviços mínimos a serem cumpridos nos portos em paralisação parcial, soube o PÚBLICO. A reunião entre trabalhadores, operadores dos portos e Direcção Geral do Emprego e Relações do Trabalho teve início na segunda-feira, mas a decisão foi adiada para nova reunião que teve início às 16h30 desta terça-feira.
Para o pré-aviso de greve parcial que vai até dia 28 de Novembro, estivadores e operadores portuários também não conseguiram chegar a terreno comum nos serviços mínimos que são exigidos aos trabalhadores em paralisação. Isto levou o Governo a entrar em acção e a decretar unilateralmente os serviços mínimos para o período abrangido por aquele pré-aviso de greve. No entanto, os estivadores prolongaram as paralisações até dia 5 de Dezembro, através de novo pré-aviso de greve, para o qual tem de ser decretado novo pacote de serviços mínimos.
Como foi avançado pelo PÚBLICO no sábado, os operadores insistiram nas reuniões com o pacote de serviços que foi imposto pelo Governo e que os estivadores contestavam.
Os portos afectos aos sindicatos da Frente Comum mantêm a porta em aberto para novas paralisações enquanto o Governo continuar a rejeitar entrar em negociações. Em causa está a nova lei do trabalho portuário, já aprovada em Conselho de Ministros e assinada por alguns dos sindicatos de trabalhadores portuários. O Governo já rejeitou abrir a porta a negociações e aponta para a discussão parlamentar como oportunidade para os estivadores em protesto se fazerem ouvir.
Os sindicatos da Frente Comum têm continuamente convocado paralisações parciais desde Agosto para os portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro, Figueira da Foz e Caniçal, na Madeira.

Notícia actualizada às 19h38
Acrescentadas declarações dos sindicatos.
publico 

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