Sindicatos da Frente Comum e operadores portuários terminaram a reunião
desta terça-feira sem chegar a acordo para serviços mínimos na greve que
dura até 5 de Dezembro. Governo será novamente chamado a intervir.
Não foi possível chegar novamente a acordo para os serviços mínimos a
serem cumpridos nos portos em paralisação parcial, soube o PÚBLICO. A
reunião entre trabalhadores, operadores dos portos e Direcção Geral do
Emprego e Relações do Trabalho teve início na segunda-feira, mas a
decisão foi adiada para nova reunião que teve início às 16h30 desta
terça-feira.
Para o pré-aviso de greve parcial que vai até dia 28
de Novembro, estivadores e operadores portuários também não conseguiram
chegar a terreno comum nos serviços mínimos que são exigidos aos
trabalhadores em paralisação. Isto levou o Governo a entrar em acção e a
decretar unilateralmente os serviços mínimos para o período abrangido
por aquele pré-aviso de greve. No entanto, os estivadores prolongaram as
paralisações até dia 5 de Dezembro, através de novo pré-aviso de greve,
para o qual tem de ser decretado novo pacote de serviços mínimos.
Como
foi avançado pelo PÚBLICO no sábado, os operadores insistiram nas
reuniões com o pacote de serviços que foi imposto pelo Governo e que os
estivadores contestavam.
Os portos afectos aos sindicatos da
Frente Comum mantêm a porta em aberto para novas paralisações enquanto o
Governo continuar a rejeitar entrar em negociações. Em causa está a
nova lei do trabalho portuário, já aprovada em Conselho de Ministros e
assinada por alguns dos sindicatos de trabalhadores portuários. O
Governo já rejeitou abrir a porta a negociações e aponta para a
discussão parlamentar como oportunidade para os estivadores em protesto
se fazerem ouvir.
Os sindicatos da Frente Comum têm continuamente
convocado paralisações parciais desde Agosto para os portos de Lisboa,
Setúbal, Aveiro, Figueira da Foz e Caniçal, na Madeira.
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