31 de dezembro de 2010

Ribeiro e Castro propõe comissão parlamentar para as políticas do mar

O deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro quer criar uma comissão parlamentar para as políticas do mar, para «tratar de forma integrada» os assuntos do mar, e espera que a nova comissão seja aprovada no início de 2011.
Em declarações à agência Lusa, o também presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros afirmou que, apesar do «desenvolvimento crescente da atenção para os assuntos do mar» nos últimos anos, «este problema não está totalmente resolvido».
Por isso, defende Ribeiro e Castro, «a Assembleia da República podia vir à frente e discutir um modelo de gestão integrada das políticas do mar, quer no plano parlamentar, quer também, no futuro, ao nível da orgânica governamental».
Ribeiro e Castro considera ainda que as políticas do mar estão «dispersas» por várias comissões parlamentares e que, por isso, «há muitas coisas que não têm um sítio onde ser tratadas».
Para o deputado centrista, «a criação desta comissão parlamentar seria uma justíssima homenagem ao doutor Ernâni Lopes, recentemente falecido e uma das pessoas que nos últimos anos mais se bateu por esta ideia a que ele chamava o 'hipercluster' do mar».
Esta comissão parlamentar, prossegue Ribeiro e Castro, «podia ser uma espécie de cluster político do mar, em que se discutia, de uma forma integrada, as diferentes perspectivas das políticas marítimas e a valorização de um recurso estratégico importantíssimo para o presente e para o futuro de Portugal».
O deputado centrista está ainda em contactos com deputados de outros partidos e espera retomar as conversações no início de 2011, depois da interrupção natalícia dos trabalhos parlamentares, acreditando que este projecto se poderá concretizar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.
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30 de dezembro de 2010

o Verkhovina

“Há meses que está atracado, junto aos estaleiros de São Jacinto, um navio russo evidencia sinais de adernar, com todas as más consequências que essa situação pode acarretar”, afirma Rui Vaz, presidente da Junta de Freguesia de S. Jacinto, que lança um alerta às entidades competentes para que tomem as medidas necessárias para evitar “problemas maiores”. No entender de Rui Vaz, “se o navio adernar, será muito mais complexa a operação de remoção e reboque. Por outro lado, há sempre o risco de materiais corrosivos afectarem a fauna e flora na Ria de Aveiro”, avisa, frisando, contudo, que o navio já não terá combustíveis nem óleos. A situação está a ser acompanhada pela Capitania de Aveiro e pela Administração do Porto de Aveiro (APA), mas a solução do problema passa por uma autorização do governo russo que tarda em chegar. “Parece caricato, mas o processo de desmantelamento está travado por causa de um papel”, lamentou ao Diário de Aveiro Rui Paiva, um dos administradores da APA.
Sandra Simões

29 de dezembro de 2010

Mais um ano se passou, com pouco trabalho.

Já Eça de Queirós dizia «Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.» E eu confesso, que começo a ficar muito pouco patriota devido à situação em que deixaram chegar o país.
Nós os portugas em geral e os portuários em particular, não somos talhados para o trabalho valorizado em equipa. É o "eu eu eu..." e por aí fora. Não aceitamos comandar nem ser comandados. E quem comanda muitas vezes tem o dom de complicar e faz passar a ideia que é moda o facto de se ser estúpido, vulgar e inculto. Somos egocêntricos e anarquistas, egoístas e bajuladores, somos adeptos do "alguém diz qualquer coisa" porque se tem medo de decidir, e depois ou imediatamente a seguir, aquele que decide é criticado pelos seus pares, tanto os bajuladores como os outros. Tenho saudades da disciplina, a verdadeira, sem sofismas, disciplina vinda de cima, a servir de exemplo. Pessoas a mandar que não digam,   “olha pró que eu digo , mas não olhes pró que eu faço”. Pessoas que não façam acreditar que somente o trabalhador é que é culpado pela a sua própria desgraça, assim o o trabalhador autocritica-se e culpabiliza-se. O trabalhador gera um estado depressivo e fica inibido da acção, e sem acção não há revolução.Isto para dizer que apesar de o trabalho não ser muito, vamos cumprindo a nossa missão. Muitas vezes com barulho a mais, com desatino, mas sempre com sentido de missão.Este ano que passou não foi azáfama do costume, sempre com dezenas de camiões prontos para levar ou  deixarem cargas, como foi noutros anos, a ver rapaziada de um lado para o outro, sem mãos a medir. Embora que as transferências aqui por Aveiro, ajudaram a que, alguns dias não houvesse trabalho. Mas em relação a isso vamo-nos habituando, e ficando conscientes que não pode ser de outra maneira. Só não percebo porque é que os donos de uma empresa são donos de outra, e no caso uma factura e outra não. Enfim contas difíceis de se perceber É pena que não sejamos como os gansos que quando se deslocam, voam em V, sendo que na ponta do V, é absolutamente necessário revezar o guia e todos os outros gritam palavras de incentivo à equipa. Á medida que os anos passam as exigências são cada vez mais, e, os invernos cada vez mais dolorosos nestes corpos, desta exposição ás intempéries. Mas isto não pára, estamos obcecados por tanto ano de luta, por tanta história de tanto barco, que até o trivial já cansa. Mais um Ano, o 2010, que já está quase a passar. E para continuar a  aprender, apesar de, " o vento levar as palavras", não leva este espírito de missão absolutamente necessário para o êxito. Como sempre, nós os trabalhadores portuários (nome amaricado que arranjaram para estivador), sentimos sempre com mais calor, as manobras laborais, pois esperamos sempre que venha a haver uma legislação adequada e aceite por toda a gente. Já se ouve alguma coisa sobre este assunto, mas  talvez alguns interesses estejam em primeiro lugar. Por isso vamos ter que estar atentos às manobras que se seguirão...

Cumprimentos a toda a comunidade portuária....
08

28 de dezembro de 2010

Reformas na Suíça com tecto máximo de 1700 euros (houvesse coragem)



Nota: esta nótícia só passou na RTP2. Nenhum dos canais nacionais de
maior audiência (RTP1, SIC, SIC Notícias, TVI, etc.) lhe deu qualquer
tempo de atena. Porque será?

PSD questiona validade da ferrovia do porto de Aveiro

O líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, Manuel António Coimbra, colocou em causa os resultados obtidos pela ligação ferroviária ao porto de Aveiro na última reunião daquele órgão da autarquia
“Estava convencido que haveria muitos mais comboios, mas se passar um por dia já fico contente e não se vê movimento nenhum em Cacia”, disse, referindo-se à Plataforma Multimodal que estabelece a ligação entre a Linha do Norte e o ramal ferroviário do porto, inaugurado em Março último.
A intervenção de Manuel Coimbra foi a única da bancada sobre este assunto, mas o tema acabou por despertar a intervenção do socialista Pires da Rosa, que contestou a opinião do social-democrata. Para o elemento da bancada do PS, Manuel António Coimbra estava a pôr “em causa o maior investimento feito pelo Governo nos últimos 30 anos”.
Segundo dados da Administração do Porto de Aveiro, os primeiros oito meses deste ano registaram o transporte de 123 mil toneladas de mercadorias sendo que, por dia, em média, três comboios fazem o percurso entre a área portuária e Cacia.

27 de dezembro de 2010

Porto de Aveiro draga o canal principal e imediações do molhe norte

Foi já publicado em Diário da República o concurso para a dragagem do canal principal e da zona adjacente ao molhe norte do porto de Aveiro, uma obra com um valor-base de empreitada de 730 mil euros e prazo de execução de 72 dias.
O objetivo é manter os fundos no canal principal de navegação e zona adjacente ao molhe norte, com isso garantindo as condições normais de segurança de navegação no canal principal do porto aveirense, lê-se no anúncio governamental.
Esta obra será seguida, já no próximo ano, da melhoria das acessibilidades marítimas ao porto, com o prolongamento do molhe norte em cerca de 200 metros, por forma a habilitar o porto de Aveiro à receção de navios de maiores dimensões (comprimento e calado), com maior capacidade de carga, o que tornará o porto mais atrativo e mais rendível nas operações de movimentação das cargas, sobretudo em granéis sólidos alimentares.
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26 de dezembro de 2010

Janela Única Portuária vai ser comercializada em todo o mundo (JUP)

As Administrações dos portos de Leixões, de Lisboa e de Sines promoveram a 23 de dezembro,  a assinatura do acordo de comercialização de software Janela Única Portuária (JUP), em cerimónia presidida pelo secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca.
Por este acordo de comercialização, de âmbito mundial, a Indra Sistemas de Portugal fica com o exclusivo, por cinco anos prorrogáveis por mais dois, da exploração deste software, mantendo-se no entanto a propriedade na posse das administrações portuárias signatórias do acordo, que estiveram representadas pelos três presidentes: Natércia Cabral (APL), como anfitriã, Lídia Sequeira (APS) e Matos Fernandes (APDL).A JUP, plataforma electrónica que implementa o conceito de balcão único virtual, ponto único de contacto no porto que garante o fluxo de toda a informação entre as diversas entidades oficiais e operacionais, revelou-se um instrumento de competitividade dos portos. Os principais benefícios são a harmonização dos procedimentos, a redução dos custos e tempos administrativos, acabar com os atrasos na movimentação das mercadorias ao permitir o tratamento antecipado do despacho dos navios e mercadorias, e facilitar a interação com os grandes armadores e operadores logísticos ao suportar os standards de comunicação electrónica EDIFACT e XML.
Na ocasião, Natércia Cabral salientou o facto da escolha da Indra se dever "não só ao trabalho já desenvolvido por esta, na sequência do Concurso Público Internacional que conduziu ao desenvolvimento da presente plataforma, mas também ao facto de a empresa se inserir num grupo com forte penetração em mercados internacionais".
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25 de dezembro de 2010

(BIG BROTHER) Controlar navios a partir do espaço

De agora em diante os navios vão ter mais dificuldade em fugir aos olhos do Big Brother - que é como quem diz, aos sinais de AIS (sistema de identificação automática) emitidos através dos radares para os receptores espaciais. Um novo sistema de controlo a partir do espaço está em fase de testes, a tentar resolver algumas dificuldades, sobretudo na hora de distinguir os diferentes sinais em zona de tráfego muito intenso.
"Trabalhando a partir do espaço podemos seguir os barcos durante grandes períodos de tempo, enquanto atravessam o oceano", explica Andreas-Nordmo Skauen, da Organização de Investigação e Defesa (FFI) norueguesa, citado pelo "El País":
"Há dois receptores de sinal AIS da experiência: um é a Agência Espacial Europeia (ESA) - usando a Estação Espacial Internacional - e o outro funciona a bordo do pequeno satélite norueguês (lançado a 12 de Junho deste ano)"."Recebemos sinais dos barcos no campo de visão do receptor VHF, chamado Norais, na estação espacial. Isto é independente do local onde estão, já que detectamos barcos tanto perto da costa como em alto mar, ainda que a qualidade da detecção dependa do número de barcos no campo de visão", explica Torkild Eriksen, director científico do projecto, acrescentando: "Recebemos mensagens de mais de 60 mil barcos diferentes desde o inicio da experiência na estação espacial.O sistema vai permitir aos portos conhecer com antecedência os barcos que chegarão e as rotas percorridas por estes.

23 de dezembro de 2010


Desejamos a todos os leitores de http://www.estivadoresaveiro.blogspot.com/ (aos outros também mas esses nunca saberão que lhes desejamos tal coisa) um óptimo e Feliz Natal, com muitas prendinhas, baratinhas, porque este ano o pai Natal esta a viver a crise porque a empresa onde ele trabalha está a reduzir o pessoal e este ano calhou-lhe a ele, foi "despedido de comum acordo".
Um bom Natal para todos.

Feliz Natal

Feliz Natal


 

Governo dá tolerância de ponto dia 24 e tarde de 31 de dezembro

O primeiro-ministro assinou hoje o despacho de tolerância de ponto na sexta-feira (dia 24) e tarde do dia 31 de dezembro para os trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos.
Na fundamentação do despacho de tolerância de ponto, José Sócrates refere que neste período natalício "é tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência, tendo em vista a realização de reuniões familiares".
O primeiro-ministro invoca ainda "a prática que tem sido seguida ao longo dos anos" e "a tradição existente no sentido da concessão de tolerância de ponto nos serviços públicos não essenciais na época do Natal".

22 de dezembro de 2010

Sindicato de estiva do porto de Lisboa lança dois pré-avisos de greve…

O Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores de Tráfego e Conferentes do Porto de Lisboa e Centro de Portugal emitiu dois pré-avisos de greve para o porto de Lisboa.
Um dos pré-avisos refere-se a uma greve parcelar (slow-down) a ocorrer de 3 a 7 de Janeiro de 2011; o outro pré-aviso visa um endurecer de posição começando também no dia 3 e por tempo indeterminado.
O comunicado do sindicato faz saber que os dois pré-avisos “se aplicarão sempre que forem utilizados trabalhadores eventuais/temporários em funções especializadas, quando houver operações em que as equipas não estejam completas, e quando houver operações portuárias sem utilização de trabalhadores portuários”.
As razões invocadas pelo sindicato são a intenção da Associação das Empresas de Trabalho Portuário de Lisboa (AETPL), expressa em carta, de fazer cessar em 31 de Dezembro o contrato de trabalho “a 17 trabalhadores portuários integrados no efectivo (…) afecto ao porto de Lisboa”, atitude que o sindicato qualifica de “abusiva, ilegítima e ilegal”.
O sindicato considera alega que “a desvinculação contratual” carece de “qualquer justa causa (…) fundamento económico ou estrutural”, alegando que “os trabalhadores em causa vêm, de há muito, prestando no porto a sua actividade profissional regular e permanente, excedendo (…) a totalidade do número de turnos normais de trabalho em cada mês”, e invocando violação flagrante do Contrato Colectivo de Trabalho e apelidando a acção da AETPL um “despedimento colectivo ilegítimo e encapotado de trabalhadores à margem do respectivo regime legal.
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… e operadores acham que a greve deveria ser o último recurso

Morais Rocha, em representação dos operadores do porto de Lisboa, lamentou que o porto da capital esteja “constantemente sob ameaça de greve", ao contrário dos restantes portos do país: "Se os sindicatos acham que têm razão, que movam uma acção em tribunal, e depois se verá o que é decidido. Mas o que eles fazem é usar sempre a arma da greve, quando esse devia ser o último recurso”.
No caso em apreço que motivou os dois pré-avisos de greve acima noticiados, Morais Rocha, que também dirige os terminais de contentores da Liscont e da Sotagus, recordou que “esta atividade, pela sua característica de imprevisibilidade, não se compadece com um número fixo de trabalhadores, sob pena de, se forem em excesso, não haver verba para os pagar ou, no caso inverso, os armadores terem o navio atracado e não os poderem trabalhar por falta de mão-de-obra”.
“O que pretendemos”, continua Morais Rocha, “é que seja encontrada uma mediana de trabalhadores efectivos, que possam fazer o que é o trabalho portuário em situações normais, e uma bolsa significativa de eventuais, para atender aos picos. É assim em todos os portos, e não vemos porque seja diferente em Lisboa. Ao longo dos anos temos vindo a assistir a um aumento do efetivo da AETPL, forçado pelos sindicatos, que vai colocar em causa a sua viabilidade económica. Em cada ‘leva’ o sindicato diz que ‘estes são os últimos’, mas o certo é que agora são mais 17. E o que a AETPL diz é que não pode assumir a responsabilidade de garantir as progressão de salários destes 17 trabalhadores sob pena de entrar en rotura financeira”.
"Tribunais, arbitragens, conciliações, há tantos passos até se chegar à greve e não se utilizam?" questiona Morais Rocha, em conclusão.
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21 de dezembro de 2010

WikiLeaks: Estivadores de Algeciras boicotaram programa de segurança dos EUA

Estivadores do porto de Algeciras bloquearam a aplicação integral dos programas de segurança dos EUA destinados a impedir o transporte de material nuclear em contentores por parte de terroristas, de acordo com novos documentos divulgados pela WikiLeaks.
Uma série de três telegramas da embaixada de Madrid revela que funcionários norte-americanos da embaixada, acompanhados de membros do National Nuclear Security Administration, reuniram-se com a autoridade portuária e com a gestão da APM Terminals para discutir a questão.
À delegação americana foi dito que os dois scanners de contentores fornecidos pela NNSA estavam em operação para contentores de importação e exportação, mas havia problemas sérios de digitalização de contentores de transbordo, que correspondem a 90% a 95% do movimentado daquele porto do sul de Espanha.
"De acordo com funcionários do porto, os estivadores sindicalizados são os grandes culpados pela falta de execução do programa. As razões por trás da relutância dos trabalhadores variam. Alguns argumentam que este programa irá afetá-los financeiramente - os estivadores são pagos pelo número de contentores movimentados, e desvio de suas rotinas pode afetar o o número de contentores movimentados diariamente. Outros expressaram maior desconforto com o programa, associando erroneamente os portais de deteção nuclear a riscos potenciais à saúde. Ainda outros podem estar a usar esta questão como moeda de troca para alavancar outras questões sindicais, durante um processo de negociação coletiva entre os sindicatos e o porto."
O programa, patrocinado pela NNSA e e a agência norte-americana Segurança Interna, Alfândega e Proteção de Fronteiras, visa dotar os 100 principais portos em todo o mundo com os sistemas de deteção por raios X, até 2015, com vista à digitalização de cerca de 50% do tráfego global de contentores a entrar nos EUA.
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Aveiro investe 730 mil euros em dragagens


A Administração do Porto de Aveiro acaba de lançar o concurso para a dragagem do canal principal e da zona adjacente ao Molhe Norte. O objectivo é manter os fundos no canal principal de navegação e zona adjacente ao Molhe Norte, com isso garantindo as condições normais de segurança de navegação no canal principal do porto aveirense, de acordo com o anúncio hoje publicado em Diário da República.O valor-base da empreitada é de 730 mil euros e o prazo para a execução dos trabalhos é de 72 dias após a consignação da obra. A APA tem previsto para o próximo ano a melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Aveiro, com o prolongamento do Molhe Norte em cerca de 200 metros e a dragagem de fundos para os -12,5 metros. Com isso, o porto de Aveiro passará a poder receber navios de maiores dimensões (comprimento e calado), com maior capacidade de carga, o que tornará o porto mais atractivo e mais rendíveis as operações de movimentação das cargas.

O SANTA IZABEL na Gafanha da Nazaré, ria de Aveiro

A 19/11/1933, pelas 08h00, quando o lugre-motor bacalhoeiro SANTA IZABEL, da praça de Aveiro, se preparava para abandonar a barra do Douro, cuja manobra era dirigida pelo piloto António Duarte, estranhamente topou num banco de areia submerso de formação recente, ficando encalhado de popa. Dado o alarme, acorreram as lanchas dos pilotos e os rebocadores LUSITÂNIA, MARS 2º e NEIVA, não tendo sido necessários os seus serviços. O navio safou-se cerca das 11h00 pelos seus próprios meios e saiu a barra, tomando o rumo do sul.
O SANTA IZABEL entrara há dias vindo dos pesqueiros da Terra Nova e Groenlândia, trazendo nos seus porões cerca de 6.000 quintais de bacalhau. No entanto, devido ao seu calado de água ficara impossibilitado de demandar as instalações da Gafanha da Nazaré, pelo que arribou ao rio Douro, a fim de desembarcar a sua companha de pescadores mas também aliviar-se de alguns quintais de bacalhau, que seriam transportados para Aveiro por uma fragata e ainda aguardar maré suficiente na barra de Aveiro para onde rumou, após se ter safo da coroa de areia. Entretanto, foram tomadas as providências para se dragar o local do encalhe, que se situava a meio do canal de navegação.
SANTA IZABEL - 45m/ 345,25tb; 1929 entregue por Manuel Maria Bolais Mónica, Gafanha da Nazaré, à Empresa de Pesca de Aveiro, Lda, Aveiro, como lugre à vela; 1932 instalado motor auxiliar; 1943 SANTA ISABEL, Sociedade Bacalhau de Portugal, Lda., Lisboa: 1958 subsquente história não encontrada. O SANTA IZABEL foi um dos primeiros lugres à vela, juntamente com o seus gémeos SANTA MAFALDA e SANTA JOANA também do mesmo armador Aveireinse, e ainda o Vianês SANTA LUZIA, a demandar os perigosos e gelados pesqueiros da Groenlandia, os quais foram bem sucedidos nas suas capturas, na campanha de 1931,
Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Loyd's Register of Shipping.

20 de dezembro de 2010

Portugal movimenta 1,3% da carga marítima operada na UE27 em 2009

Portugal movimentou pouco mais de 1,3% de todo o movimento de carga marítima na União Europeia (UE27) em 2009, segundo estatísticas do Eurostat divulgadas esta segunda-feira.
Os portos marítimos portugueses movimentaram, no ano passado, 62 milhões de toneladas de carga, menos 5,5% do que em 2008. O conjunto de portos espanhóis movimentou um aproximado de 360 milhões de tons, enquanto o total da UE27 se cifrou nos 3,43 mil milhões (-12,4% do que em 2008).
Enquanto Portugal pesou pouco mais de 1,3% de toda carga operada nos portos marítimos da UE, em 2009, a Espanha colocou-se como o quarto maior mercado de transporte marítimo da Europa, com 11% do total e à frente da França, apesar d ter registado uma quebra de 12,6% face ao ano anterior.
Os maiores portos europeus continuam a ser Roterdão (350 milhões de toneladas métricas de carga operada em 2009) e Antuérpia (140 milhões tons). Logo a seguir surgem Hamburgo (90 milhões) e Marselha (80 milhões).
O porto de Algeciras, com uma movimentação de 56 toneladas, menos seis toneladas do que Portugal por inteiro, é o sétimo no top10 europeu. O segundo maior porto espanhol, em termos de carga (tons), é Valencia, com 48 milhões de toneladas.
 
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Comboio em Aveiro pesa 123 mil toneladas


Desde que foi inaugurada a ligação ferroviária ao porto de Aveiro, em Março passado, passaram por ali 123 mil toneladas, avança o presidente da administração portuária.
 Muitos anos foram precisos para o arranque da construção da plataforma de Cacia e da ligação do porto de Aveiro à rede ferroviária nacional. Muitos menos demorou a conclusão da obra. E oito meses bastaram para provar a utilidade da melhoria.
 Desde 29 de Março último, dia da inauguração da linha do porto de Aveiro, já por ali passaram 123 mil toneladas de cargas, sobretudo de exportação, o que evitou a circulação de uns 5 381 camiões nos acessos rodoviários ao porto.
 Pasta de papel, aglomerado de madeira, cereais e cimento são as mercadorias mais representadas. Norte de África, Cabo Verde e Norte da Europa os destinos mais frequentes.
 Com o movimento portuário a crescer cerca de 30% este (também devido à ferrovia, como frisou ao “JN” José Luís Cacho, presidente da administração portuária), a carga recebida/expedida por comboio representará cerca de 4% do total. Mas o objectivo é chegar aos 15% dentro de cinco anos, acrescenta aquele responsável.
 Aveiro é já o terceiro porto nacional na utilização da ferrovia, atrás de Sines e de Setúbal.
 Até ao momento têm sido as exportações as mais beneficiadas com o acesso ferroviário, mas a administração portuária aposta também na captação de cargas de/para a vizinha região de Castela-Leão.
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Redes de pesca

Como é sabido, as vezes os pecadores deixam as redes da apanha do choco, estendidas aqui no Porto.E a policia marítima vai fazendo a recolha das mesma. Como se pode ver nas fotos, hoje foi mais um dia de recolha.


Navio DUYDEN-3

Carga em convés, neste caso, madeira. Esta carga tem como destino Israel .






19 de dezembro de 2010

Ceia de Natal

Ceia de Natal 2010 que se realizou no restaurante  Batista do Bacalhau. Noite em que podemos ver alguns colegas de trabalho que não os conseguimos ver durante o ano. Pelos menos ainda vão a estas...




Tripulantes do navio "Luebbert", evacuados

Tripulantes do navio "Luebbert", que navegava do Canada para Gibraltar, foram evacuados devido a uma intoxicação.

17 de dezembro de 2010

Lage ameaça sair da CCDR se Porto de Leixões perder autonomia

A intenção do Governo em avançar com uma gestão centralizada do sistema portuário português continua a provocar contestação no Porto. Depois de o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, ter ameaçado com a demissão do cargo, caso a medida seja posta em prática, agora é a vez de o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), Carlos Lage, apontar o mesmo caminho.
“Se, de facto for tomada a decisão de incorporar o Porto de Leixões numa holding nacional e este perdesse a autonomia, eu imediatamente demitir-me-ei da presidência da CCDR”, adianta ao GRANDE PORTO o líder da CCDR-N.
Na perspectiva de Carlos Lage, homem com uma longa carreira política ligada ao PS e um dos defensores acérrimos da Regionalização, isso “significaria um ponto final no esforço de cooperação dentro da região entre uma entidade sui generis como a CCDR que gere um programa regional com fundos comunitários e as instituições da região”.
Para o antigo deputado europeu e ex-vice presidente da Assembleia da República, se no Porto se percebe “a importância de termos um porto com autonomia, dinâmico, capaz de proporcionar condições à região, captar investimento, intensificar o tráfego de mercadorias e passageiros”, para a cultura política e administrativa de Lisboa “isto é apenas uma abstracção e nem sequer se dá conta do significado que tem para o espaço regional e directamente para o País o respeito pela individualidade e pela autonomia destas regiões”.
“Caso o Porto de Leixões fosse mal gerido ainda se poderia entender que o Estado interviesse. Agora, quando na sua região, no seu espaço, é um porto que prestigia e que dá vantagens à região e ao País, é incompreensível que com um simples desenho do que se pode entender que é uma gestão de conjunto, feita de não sei quantas sinergias e vantagens, se risque completamente do mapa”, critica.
A posição de Carlos Lage surge na sequência do alerta dado por Rui Moreira sobre a intenção de fusão dos vários portos nacionais que consta do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) elaborado em 2006 pelo ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, estando a sua implementação prevista no Orçamento do Estado para 2011.

Autor/fonte João Queiroz

Entrada armazém SONAE

Fotos enviadas por anónimo para o blog.

15 de dezembro de 2010

Navio Alexandergracht

Navio que carregou em Aveiro peças eólicas em convés. Peças que tem como destino o Brasil, porto de Suape.





Manga telescópica

Como já tínhamos referido a utilização de uma manga telescópica , na carga de casca de pinheiro reduz em muito todo o pó que anda no ar. No vídeo podemos ver uma manga dessas a baixar e subir.
                    

Armadores globais lucrarão menos em 2011

A prestigiada Drewry prevê que os armadores globais consigam este ano lucros de 17 mil milhões de dólares, que comparam com as perdas de 36 mil milhões do ano passado. Mas a atividade vai sofrer alguma quebra em 2011.
Outros analistas também projetam resultados fortes para 2010, embora nenhum deles chegue a números tão altos: A BoxTradeIntelligence aponta lucrosa globais de 14,5 mil milhões, enquanto que a Alphaliner baixa um pouco a alça, avançando13 mil milhões.Quanto a 2011, as perspetivas não são tão risonhas - a Drewry diz que os resultados serão consideravelmente mais baixos em 2011, as taxas de frete irão cair após forte recuperação este ano, o que fará quebrar a rendibilidade da indústria em cerca de 8 mil milhões de dólares
No que se refere ao terceiro trimestre deste ano, a BoxTradeIntelligence estima que as transportadoras tenham conseguido lucros globais de quase 5 mil milhões de dólares nas mais importantes rotas comerciais, divididos por um pouco mais de 1,7 mil milhões na rota Ásia-Europa e 3,2 mil milhões na Ásia-EUA.
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Descarga de varão de ferro

Nas fotos abaixo podemos ver uma descarga de varão de ferro, no terminal norte feita pelo operador Aveiport.




Porto de Lisboa quer aliar-se à ferrovia para potenciar desenvolvimento

Os presidentes da Administração do Porto de Lisboa (APL), Natércia Cabral, da AGEPOR, José Manuel Henriques, e da CP Carga, Rocha Soares, reuniram com as associações representantivas dos transitários e agentes de navegação que operam no porto de Lisboa no sentido de os sensibilizarem para a necessidade de integrarem o transporte ferroviário na passagem de cargas pelo porto da capital.
“Cada um dos agentes económicos, por si, não consegue nem quantidades nem preços. Se se unirem, conseguem esses dois itens – um preço por contentor extremamente competitivo, e garantir a regularidade e frequência de entradas e saídas por via férrea no porto de Lisboa., referiu à CARGO Belmar da Costa, presidente executivo da AGEPOR.
A AGEPOR e a APAT irão agora fazer questionários aos seus asssociados indagando quais os volumes que eles pensam poder vir a movimentar no eixo Lisboa-Porto e Espanha, ponto de partida para se calcular que preços poderiam ser praticados, tanto pela CP Carga, como pela APL. “Em conjunto, os agentes poderão obter um preço por contentor que nunca conseguiriam de outra forma”, adiantou à CARGO Belmar da Costa.
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14 de dezembro de 2010

'Católica' de Lisboa será palco de conferência sobre os assuntos do mar

O Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e a revista Nova Cidadania organizarão, no próximo dia 20 de dezembro, a conferência "Uma Saída Possível: o Mar", que se insere no Ciclo de Conferências 2011 "Para Além da Crise".
O evento, que terá início à 18 horas na Sala de Exposições da Biblioteca Universitária João Paulo II (na UCP de Lisboa), contará com as presenças do professor Adriano Moreira, do Almirante Nuno Vieira Matias e do professor Miguel Monjardino e terá a coordenação de José Manuel Fernandes.
A conferência "Uma Saída Possível: o Mar" será a última de uma série de 10 conferências que têm vindo a decorrer desde o dia 11 de outubro e que têm debatido uma série de assuntos políticos, administrativos e judiciais.
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13 de dezembro de 2010

Maersk poderá optar por propulsores a gás natural

Rumores surgidos na semana passada davam a Maersk e a Daewoo a considerar a possibilidade do uso de gás natural liquefeito para alimentar alguns, se não todos, os novos navios da multinacional dinamarquesa.
 A utilização de GNL iria, aparentemente, permitir à Maersk cumprir as suas metas ambientais de redução das emissões dos navios. A linha tem estado na vanguarda da utilização do denominado “slow steaming” para reduzir as emissões, e ao mesmo tempo cortar significativamente nos consumos e nos custos de combustível por viagem.
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