Afinal, a TUP
Carga nos portos nacionais não baixará 10% mas sim 20%, até
Dezembro. Só não se sabe se a baixa será generalizada ou se apenas
visará as cargas de exportação.
O Governo tinha
anunciado a intenção de reduzir em 10% os valores da TUP Carga
cobrada nos portos nacionais. Mas hoje ficou a saber-se, pelo
relatório da avaliação do FMI, que o corte chegará aos 20%, até
Dezembro.
O objectivo é
favorecer a competitividade das exportações nacionais. O que deixa
em aberto a possibilidade de a redução prevista se limitar às cargas
de exportação.
Nos contentores, a
TUP Carga ronda os dez euros/TEU em Lisboa e Leixões, é de 50
cêntimos em Setúbal e não é cobrada em Sines, ao que apurou o
TRANSPORTES & NEGÓCIOS. Nas cargas a granel será mais elevado.
Em geral, os
valores da TUP Carga estão praticamente congelados desde 2008. E há
casos, com destaque para Leixões, em que a administração portuária
aplicou descontos significativos às cargas
A baixa
generalizada agora anunciada é, portanto, sobretudo um sinal. Certo
é que a poupança irá directamente para os bolsos dos carregadores. A
TUP Carga é uma receita das administrações portuárias, funcionando
os agentes de navegação como seus “cobradores”. E a tabela é
pública.
De fora, tudo o
indica, da redução de valores fica a TUP Navio, paga pelos
armadores. Em declarações ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, António Belmar
da Costa, secretário executivo da associação dos agentes de
navegação, lembrou que “seria bom dar também um sinal positivo aos
armadores”, para mais no momento actual, em que aqueles operadores
“estão também a sofrer com as paralisações nos portos”.
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