Estivadores ameaçam prolongar greve que está a paralisar o porto de Lisboa e a prejudicar as exportações das empresas. As maiores associações empresariais do País - desde a Associação Industrial Portuguesa (AIP) à Confederação da Indústria de Portugal (CIP) - estão a endurecer a sua posição face à greve que se mantém no porto de Lisboa. Vão, por isso, exigir que o Governo aplique medidas drásticas, entre as quais destacam a necessidade de recorrer rapidamente à requisição civil.
A situação agravou-se nos últimos dias. As greves nos portos nacionais iniciaram-se em meados de Agosto e intensificaram-se em Setembro, depois de o Governo ter anunciado a nova legislação laboral para o sector. As greves rotativas entre trabalhadores portuários (estivadores), pilotos de barra e trabalhadores administrativos estão marcadas até 22 de Outubro, mas a situação piorou quando ontem se soube que os sindicatos dos estivadores emitiram um novo pré-aviso de greve para o período entre 23 e 31 de Outubro. Além de Lisboa, as greves no sector estão a afectar os portos de Setúbal e da Figueira da Foz - já os portos de Leixões e de Sines ultrapassaram a situação.
"O porto de Lisboa está a viver uma situação dramática. Não é um alarme, é uma necessidade. A requisição civil é um instrumento cuja operacionalização deve ser reflectida caso a paralisação nos portos continue", defende José Eduardo Carvalho, presidente da AIP, ao Diário Económico. O responsável adianta que a direcção da AIP está a ponderar fazer chegar ao Governo uma posição oficial sobre a necessidade de avançar rapidamente com esta medida.
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