9 de julho de 2012

Grupo ETE avança com porto fluvial em Castanheira do Ribatejo

O Grupo ETE deu mais um passo para a construção do terminal fluvial de Castanheira do Ribatejo. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira aprovou a declaração de interesse público municipal da iniciativa.
A iniciativa é da Companhia do Porto da Castanheira, empresa constituída em Junho do ano passado e controlada pelo Grupo ETE.
Os contornos do projecto não são ainda públicos, mas a autarca de Vila Franca de Xira garante que envolve “bastantes milhões de euros” e que as obras no terreno deverão iniciar-se já em 2013.
Antes, porém, haverá ainda que garantir a aprovação da declaração de interesse púbico pela Assembleia Municipal e, depois, instruir o processo de pedido de desafectação dos terrenos necessários à implantação da obra, e que integram as reservas Ecológica e Agrícola nacionais.
O novo porto fluvial de Castanheira do Ribatejo ficará nas proximidades da Plataforma Logística de Lisboa-Norte, que a Saba ali está a desenvolver, e como ela beneficiará de acessibilidades ferroviárias (através da Linha do Norte) e rodoviárias (à EN 1 e EN 10 e à A1). As duas infra-estruturas deverão complementar-se.
Subjacente à criação do porto fluvial está o projecto de transporte de cargas, contentorizadas e a granel, por barcaças no Tejo, a partir de navios fundeados ao largo ou acostados nos terminais de Lisboa.
Em 2010, e complementarmente ao projecto de expansão do terminal de contentores de Alcântara, a Administração do Porto de Lisboa desenvolveu um estudo que apontava para as virtualidades da navegação fluvial entre o porto e a plataforma logística de Castanheira do Ribatejo, como alternativa ao modo rodoviário (e mesmo ferroviário) para a transferência de cargas com origem/destino a Norte da capital.
O Grupo ETE tem uma longa experiência no transporte fluvial de cargas no Tejo. Actualmente opera dezena e meia de barcaças e movimenta cerca de 300 mil toneladas, mas em tempos não muito recuados atingiu os 1,5 milhões de toneladas anuais.
Recorde-se que o Marco Polo II elegeu como prioridade para este ano o apoio a soluções de transferência modal assentes nas vias de navegação interiores.

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