Sim, porque não
tivesse ele esculpido o Pinóquio, ou tivesse escolhido melhor a qualidade da matéria-prima
– sem aquele bicho da madeira - e não
teríamos hoje tantos e tão fracos, clones ou genuínos, apenas sendo certo que
quando nos livramos de uns, outros aparecem – em jeito de praga - e seguem os mesmos passos, por todas as portas,
com cara de “Casper”, de crista levantada e, santidade é tudo aquilo que estes
zés pereiras não têm…
O caos que se instalou
em Portugal, faz lembrar a cidade alemã de Hamelin. Demasiados boys que nunca
chegarão a ser Homens com “eles” no sítio! Precisam-se urgentemente verdadeiros
Estadistas neste país, pois o povo já não acredita mais e mais no Pai Natal,
pelo menos no deste ano que passou! Hoje, Fátima, o Fado e o Futebol já não O
adormece…
E ainda há todos aqueles que proliferam nos “bons lugares públicos” que
todos nós contribuintes pagamos. O que fazem? Talvez ninguém o saiba, e eu, em boa
verdade, só sei o que não fazem… E então vem-me logo à memória o “meu” querido
porto de Aveiro, o “meu” sector portuário e um tal instituto espelhado que
deveria regular os portos deste país, sim, deveria… Inimputáveis, inúteis, dispensáveis
e seguidores zelosos de Pilatos! Seguidores das palavras do Pinho chinês e promotores
de Impérios. Impérios dos sentidos… do mal! Voltou o velho oeste com os fora da
lei do costume, a instalarem-se nos portos e a encetarem mais uma vez a corrida
ao “ouro”… É muita engenharia e construção! Nada que um G4 não seja capaz de
fazer. Às idiotices de uma velha e gorda nogueira, junta-se um pacote de leite –
de preferência fora do prazo de validade
-, envolve-se os ingredientes e coloca-se tudo numa caldeirinha em lume brando
e, no fim, rega-se abundantemente com um porto Fonseca. Et voilá, le plat est
déjà cuit et prêt à servir… frio! De
Matias, não têm nada estes “chefs”! São demasiados coelhos nas tocas do poder… Assim
não há memorando de entendimento que aguente, nem troika que não sinta vergonha
e, não core até! Porque afinal hoje em Portugal, já se rouba aqueles que
trabalham, já se rouba aqueles que todos os dias derramam sangue, suor e
lágrimas, já se rouba aqueles que comem o pão que o diabo amassou. Tira-se aos pobres
para dar aos ricos… Porque só assim, a economia de um país pode crescer! Está
dito! Dizem os supra-sumos, os iluminados, os boys, os tecnocratas mangas-de-alpaca,
os que nunca trabalharam na vida, não sonham, não sabem e nem nunca saberão o
que isso é… É o desenvolvimento dizem eles, é a tecnologia do “carteirista”
dizemos nós…
E a fórmula está
aí: despedimentos + salários baixos + cortes nas reformas + cortes nos
subsídios de férias e de Natal + corte nas regalias conquistadas pelos
trabalhadores ao longo dos anos + violação de direitos universais + corte no
Estado Social + cortes na Saúde e no Ensino + aumento de impostos + aumento do
custo de vida = crescimento económico… nos bolsos dos “comilões” habituais. Será
um problema do programa escolar das universidades modernas que abrem ao fim de
semana? Será resultado das novas oportunidades? “Aquelas” do filósofo rosa?
Não, não senhor! É oportunismo puro, o da tal crise… A que tem de ser paga em
nome da honra e do patriotismo. E não é necessário ir à universidade para saber
quem a vai pagar. Os mesmos de sempre, ou seja, o “Zé”! Melhor é emigrar pá.
Não diz o outro, não posso, não sou professor, vendemos antes o país aos
chinos…
O jeito que não
daria agora uma padeira que corresse com todos esses “Filipes” – sim, porque já diz o povo que de Espanha,
nem bons ventos nem bons casamentos, bem, da Alemanha e de França também não
-, ou um flautista, ou os dois!
Maldito Geppetto
que nem para entalhar serves…
Eu, no meu
imaginário, continuo a preferir o Zé Carioca aos Pinóquios deste país, não por
força daquele acordo que nos põe a falar português ao som do samba, não,
essencialmente pelo facto de ser mais terra à terra, ou seja, mentiste e “comeste”
logo… Grande Rosinha! Mais houvessem… Mas de quem eu gosto mesmo é do Zé do
Telhado, do Robin Hood, do Zorro e … de
todos os HERÓIS do 25 de Abril de 1974!
As Tertúlias estão aí outra vez em cada
esquina, em cada café, em cada sótão! Pressinto que o povo virá para a rua,
sente-se, cheira…
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