Os Sindicatos da Estiva e Arrumadores estão de luto em São Francisco do
Sul, pela morte de dois dos seus trabalhadores: Alvaro José da Costa
Júnior (Estiva) e Ismael de Oliveira Costa (Arrumadores). A fatalidade
se deu por volta das 9 horas deste dia 11 de Janeiro, no turno da manhã,
que havia iniciado às 7 horas e iria até as 13 horas, no terminal da
Empresa TESC.
Os trabalhadores faziam o desembarque de fertilizantes, através de uma espécie de guindaste em forma de concha, chamado Grab, que retirava a carga do porão do navio e despejava em um funil (moega), de aproximadamente 12 metros de altura, sobre os caminhões. Ismael trabalhava na casinhola da moega, enquanto que Alvaro estava subindo a escada do navio, quando a estrutura não suportou o peso da carga e ruiu, tombando, para o lado em que estava a embarcação ancorada, bem no ponto em que estava a escada na qual Alvaro se encontrava. A queda foi muito rápida e não deu tempo dos dois trabalhadores se safarem.
Os trabalhadores faziam o desembarque de fertilizantes, através de uma espécie de guindaste em forma de concha, chamado Grab, que retirava a carga do porão do navio e despejava em um funil (moega), de aproximadamente 12 metros de altura, sobre os caminhões. Ismael trabalhava na casinhola da moega, enquanto que Alvaro estava subindo a escada do navio, quando a estrutura não suportou o peso da carga e ruiu, tombando, para o lado em que estava a embarcação ancorada, bem no ponto em que estava a escada na qual Alvaro se encontrava. A queda foi muito rápida e não deu tempo dos dois trabalhadores se safarem.
Para o Presidente dos Sindicatos dos Arrumadores, Claudionor
Marcelino, não houve acidente e sim omissão por parte dos responsáveis
pela segurança do trabalhador portuário, no caso o OGMO – Órgão Gestor
de Mão de Obra, entidade patronal comandada em São Francisco do Sul
pelas empresas de operadores portuários. Antes do turno começar, o OGMO
havia realizado os procedimentos de inspeção de segurança e dado ok para
os inícios dos trabalhos, confirmando assim que não havia riscos de
acidentes.
Parece que a primeira falha de segurança já foi a de permitir,
operação desta natureza, junto à escada do navio, o que segundo o
Sindicato dos Arrumadores não é permitido. Outra questão são as
condições precárias dos equipamentos, como era o caso da estrutura que
ruiu e que, de acordo com os trabalhadores portuários, eram péssimas e
não deviam estar em funcionamento naquele estado, ou seja, o que ocorreu
já estava premeditado e foi apenas uma questão de tempo. Ouvimos uma
testemunha que viu recentemente uma dessas moegas sendo soldadas, como
uma “gambiarra” no improviso para sustentar mais sobrecarga até que o
pior viesse acontecer, como ocorreu.
Não é de hoje que ouve-se reclamações sobre as más condições de
trabalho e falta de segurança no Porto de São Francisco do Sul, seja
público ou privado, e os trabalhadores estão sempre em último lugar, num
sistema extremamente ganancioso onde a única lógica é ganhar sempre
mais e mais dinheiro. O certo é que se as coisas não mudarem
drasticamente mais vidas ainda serão ceifadas em nome do capital e da
boa vida de meia dúzia de mandatários locais.
Vamos aguardar os próximos acontecimentos e esperar que a devida
justiça seja feita, mesmo que qualquer justiça não sirva para devolver a
vida dos dois trabalhadores francisquenses.
Fonte: o ilheu
Sem comentários:
Enviar um comentário