3 de janeiro de 2012

Sindicatos marítimos querem ser ouvidos pelo Governo na reforma do setor.

A confederação dos sindicatos marítimos e portuários independentes teme que o fim da empresa de trabalho portuário em Aveiro seja o princípio da liberalização dos serviços de estiva e reclama participação nas negociações para o cumprimento do acordo celebrado com a troika no âmbito da ajuda externa. O que começou por ser um protesto no porto de Aveiro ameaça chegar aos principais portos nacionais. Alguns dos principais sindicatos portuários reclamam não só tomar conhecimento como participar nas mudanças que o Governo prepara a reboque do memorando da Troika. A revisão do modelo de governança, que levou à recente criação do Instituto de Mobilidade e Transporte, sucessor de outros organismos públicos, ou revisão do regime do trabalho portuário estão a passar ao lado dos representantes sindicais, o que não sucedeu na última grande reforma do setor.  
"Pedimos que o governo diga o que pretende fazer e temos propostas para apresentar. Há uns anos fizemos um pacto de concertação social, uma solução legislativa que resultou, e ainda hoje se mantém”, adianta Vitor Dias, da Fesmarpor, a confederação dos sindicatos marítimos e portuários independentes. Com pré aviso de greve confirmado para 9 a 14 deste mês que ameaça parar os maiores portos nacionais, o ministério tarda em dar resposta a sucessivos pedidos de audiência. O protesto começou em Aveiro, onde os estivadores estão em greve desde 24 de Dezembro, nos tipos de carga onde intervêm mão de obra que não é portuária, contra a falência da empresa que presta o serviço público. “As entidades que intervenham no sentido de sentar as partes à mesa. Tentar uma solução que não seja a insolvência”.

O fim da empresa de estiva do Porto de Aveiro é visto como o inicio da liberalização do setor

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