O porto de Roterdão, o primeiro da Europa e o 12.º do mundo na
movimentação de contentores, queixa-se da concorrência desleal dos
rivais de Antuérpia e Hamburgo.
Segundo um estudo
promovido pelo ministério holandês das Infra-estruturas e do Ambiente,
Roterdão terá perdido um milhão de TEU/ano para os concorrentes belga e
alemão, que beneficiarão de importantes apoios públicos ao
desenvolvimento das respectivas infra-estruturas. Os
custos extra daqueles portos atingirão os 50% (face a Roterdão), caso se
considerem as contas das dragagens dos rios Elba, Scheldt e Maas,
reforça o estudo.
“Roterdão financia os seus próprios
investimentos nas infra-estruturas portuárias. As autoridades flamengas e
alemãs co-financiam os investimentos [em Antuérpia e em Hamburgo] ou
assumem as perdas de exploração dos portos”, acusa o director-geral do
porto holandês.
Antuérpia devolveu a acusação, apontando
para o investimento em Maasvlakte 2 (a zona de expansão do porto de
Roterdão) e questionando se tal investimento teria sido possível sem o
apoio do Estado holandês.
As acusações de Roterdão e o
estudo encomendado pelo governo holandês surgem numa altura em que
decorre uma investigação da Comissão Europeia à situação fiscal do maior
porto europeu.
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