6 de março de 2014

Operadores portuários querem uma clarificação do direito à greve

Os operadores portuários pediram aos deputados uma clarificação do exercício do direito à greve, argumentando que querem evitar, no futuro, a repetição daquilo que consideraram ser greves “ilegítimas” dos estivadores.
Nas cartas de quatro páginas enviadas, no final de fevereiro, aos grupos parlamentares do PSD, PS, CDS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes, a AOPL – Associação dos Operadores do Porto de Lisboa e a AOP – Associação Marítima e Portuária referem os conflitos laborais que as têm oposto ao Sindicato dos Estivadores e o acordo conseguido a 14 de fevereiro sobre vários assuntos entre eles o que permitiu a reintegração de 47 trabalhadores e o avançar das negociações sobre o novo contrato coletivo de trabalho.
Apesar do clima agora mais amenizado, nesta carta as associações adiantam que os dois anos de conflitos com os estivadores e as paralisações representaram “elevadíssimos prejuízos para os agentes económicos, para a economia local e também para a economia nacional”, pelo que pedem aos deputados que “desenvolvam um processo legislativo que esclareça cabalmente o exercício do direito à greve, de modo a evitarem-se no futuro situações como a que ocorreu no Porto de Lisboa”.
Os operadores querem que haja “fundamentos claros e estáveis para as decisões dos tribunais em matéria de exercício concreto da greve”, pelo que consideram ser necessárias clarificações nas leis e regulamentos do direito à greve.
As cartas terminam com a AOPL – Associação dos Operadores do Porto de Lisboa e a AOP – Associação Marítima e Portuária a solicitarem audiências aos grupos parlamentares sobre o assunto. 

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