30 de junho de 2010
28 de junho de 2010
ENCARREGADO ESTIVADOR
"Os chefes são líderes mais através do exemplo do que através do poder"
Para quem conhece as agruras da actividade profissional dos Trabalhadores Portuários, será ainda mais sensível e admitir os sacrifícios e as responsabilidades acrescidas do “encarregado estivador”.
Faço hoje aqui a defesa destes colegas do nosso trabalho, conhecidos, também, (timidamente) por chefes de equipa.
As funções do “encarregado estivador” estão definidas na Cláusula 11ª, do Capítulo nº 1 do Anexo do nosso CCT. Passo a transcrevê-las:
Funções do Encarregado Estivador: Ao encarregado estivador compete: a) Na dependência dos superiores hierárquicos., distribuir pelos trabalhadores as tarefas de cada um, assegurar a regularidade da prestação de serviço e responder pela inobservância de disposições normativas de que tenha ou deva ter conhecimento; b) controlar nos navios a substituição do pessoal ou de materiais necessários, dando de imediato seguimento, consoante seus aspectos no decurso das operações e com elas relacionadas; c) Anotar e responder perante os seus superiores hierárquicos sobre avarias e sinistros decorrentes das operações na movimentação de cargas, sem prejuízo de prosseguimento do serviço; d) Colaborar quando solicitado para o efeito com os seus superiores hierárquicos na planificação dos serviços e nas requisições do pessoal.
O texto destas quatro alíneas já tem alguns “aninhos”... Provavelmente carece de uma reformulação. Mas, permanecendo aquela redação, por muito respeito ao todo clausulado do nosso CTT, sabemos nós, que se poderia acrescentar outras tantas alíneas às funções atrás referidas, para definir claramente as actuais funções do “encarregado estivador”, como também daí decorrer um espelho do perfil do trabalhador portuário que virá reflectir as suas capacidades para a execução de tão exigentes tarefas.
Pela experiência de trabalho ao longo de 24 anos no sector, recolhi ensinamentos e outras vezes algumas decepções do que observei das diferentes posturas dos encarregados, da observância das regras de segurança ou não, da sua linguagem educada ou não, do apoio ou falta do mesmo que o seu trabalho requeria.
Os “encarregados de estivador” que eu conheço, são profissionais que, acima de tudo, souberam retirar da experiência do trabalho em equipa e do contacto diário com os antecessores chefes de equipa, os ensinamentos básicos para o melhor exercício desta espinhosa e difícil função. Porém, não bastam os usos e costumes da profissão, porque hoje o nosso trabalho tem outro ritmo: existem agora equipamentos mais potentes, mais rápidos, mais versáteis; estão implementados e presentes outros níveis de exigência profissional e empresarial, para uma melhor eficiência e uma maior produtividade do trabalho. Mas, paradoxalmente, o “encarregado estivador” também “põe a mão” a quase todas as tarefas, devido à redução substancial das equipas de trabalho, na movimentação de mercadorias em cargas e descargas.
A todos encarregados e futuros encarregados deixo o meu abraço de admiração e solidariedade pelo vosso esforço, tenacidade, dedicação e saber, com os quais dignificaram a vossa e a nossa profissão de Trabalhadores Portuários de Aveiro. Até breve.
Para quem conhece as agruras da actividade profissional dos Trabalhadores Portuários, será ainda mais sensível e admitir os sacrifícios e as responsabilidades acrescidas do “encarregado estivador”.
Faço hoje aqui a defesa destes colegas do nosso trabalho, conhecidos, também, (timidamente) por chefes de equipa.
As funções do “encarregado estivador” estão definidas na Cláusula 11ª, do Capítulo nº 1 do Anexo do nosso CCT. Passo a transcrevê-las:
Funções do Encarregado Estivador: Ao encarregado estivador compete: a) Na dependência dos superiores hierárquicos., distribuir pelos trabalhadores as tarefas de cada um, assegurar a regularidade da prestação de serviço e responder pela inobservância de disposições normativas de que tenha ou deva ter conhecimento; b) controlar nos navios a substituição do pessoal ou de materiais necessários, dando de imediato seguimento, consoante seus aspectos no decurso das operações e com elas relacionadas; c) Anotar e responder perante os seus superiores hierárquicos sobre avarias e sinistros decorrentes das operações na movimentação de cargas, sem prejuízo de prosseguimento do serviço; d) Colaborar quando solicitado para o efeito com os seus superiores hierárquicos na planificação dos serviços e nas requisições do pessoal.
O texto destas quatro alíneas já tem alguns “aninhos”... Provavelmente carece de uma reformulação. Mas, permanecendo aquela redação, por muito respeito ao todo clausulado do nosso CTT, sabemos nós, que se poderia acrescentar outras tantas alíneas às funções atrás referidas, para definir claramente as actuais funções do “encarregado estivador”, como também daí decorrer um espelho do perfil do trabalhador portuário que virá reflectir as suas capacidades para a execução de tão exigentes tarefas.
Pela experiência de trabalho ao longo de 24 anos no sector, recolhi ensinamentos e outras vezes algumas decepções do que observei das diferentes posturas dos encarregados, da observância das regras de segurança ou não, da sua linguagem educada ou não, do apoio ou falta do mesmo que o seu trabalho requeria.
Os “encarregados de estivador” que eu conheço, são profissionais que, acima de tudo, souberam retirar da experiência do trabalho em equipa e do contacto diário com os antecessores chefes de equipa, os ensinamentos básicos para o melhor exercício desta espinhosa e difícil função. Porém, não bastam os usos e costumes da profissão, porque hoje o nosso trabalho tem outro ritmo: existem agora equipamentos mais potentes, mais rápidos, mais versáteis; estão implementados e presentes outros níveis de exigência profissional e empresarial, para uma melhor eficiência e uma maior produtividade do trabalho. Mas, paradoxalmente, o “encarregado estivador” também “põe a mão” a quase todas as tarefas, devido à redução substancial das equipas de trabalho, na movimentação de mercadorias em cargas e descargas.
A todos encarregados e futuros encarregados deixo o meu abraço de admiração e solidariedade pelo vosso esforço, tenacidade, dedicação e saber, com os quais dignificaram a vossa e a nossa profissão de Trabalhadores Portuários de Aveiro. Até breve.
24 de junho de 2010
23 de junho de 2010
Sinalizadores de perigo.
Rambo vs Herculano
Uma Luta Desigual .... Não é justa a luta se um dos adversários já entra nela com vantagens tão evidentes?...
21 de junho de 2010
A corda vai esticar...
Leixões “estreia” legislação laboral portuária
As mudanças na legislação do trabalho portuária vão começar por Leixões, anunciou o secretário de Estado dos Transportes.
“Leixões vai ser o precursor na mudança da legislação laboral” do trabalho portuário, anunciou Carlos Correia da Fonseca, na abertura da conferência “Leixões e o mercado global”, dedicada aos PALOP, promovida pela APDL.
Falando de improviso, o responsável pela pasta dos Transportes não precisou quando é que tais mudanças ocorrerão, nem qual será o seu âmbito, mas sublinhou que elas acontecerão, em Leixões, “em clima de paz”.
O anúncio não passou despercebido aos agentes económicos que operam no porto nortenho. E foi recebido entre um misto de satisfação e de incredulidade, até porque o responsável governamental não especificou o âmbito das mudanças a operar, e muito menos disse como será possível aplicar em Leixões um regime de trabalho portuário diferente do vigente nos demais portos.
Certo é que nos últimos anos o porto de Leixões tem vivido um clima de paz social, passando incólume aos conflitos laborais que têm agitado os outros portos nacionais, e em particular o porto de Lisboa. Inclusivamente, quando os protestos dos sindicatos dos trabalhadores portuários visaram a proposta de lei do Trabalho Portuário que o anterior Governo de José Sócrates tentou fazer aprovar na Assembleia da República nos últimos dias da legislatura.
A revisão da legislação do trabalho portuário é uma reivindicação do sector, tão antiga quanto difícil de implementar. E se hoje os entraves laborais à operacionalidade dos portos nacionais não têm a dimensão de outros tempos, a verdade é que a rigidez de algumas disposições continua a limitar a adaptação às novas condições do mercado, implicando sobrecustos e perda de competitividade.
Transportes & Negócios 21-06-2010
As mudanças na legislação do trabalho portuária vão começar por Leixões, anunciou o secretário de Estado dos Transportes.
“Leixões vai ser o precursor na mudança da legislação laboral” do trabalho portuário, anunciou Carlos Correia da Fonseca, na abertura da conferência “Leixões e o mercado global”, dedicada aos PALOP, promovida pela APDL.
Falando de improviso, o responsável pela pasta dos Transportes não precisou quando é que tais mudanças ocorrerão, nem qual será o seu âmbito, mas sublinhou que elas acontecerão, em Leixões, “em clima de paz”.
O anúncio não passou despercebido aos agentes económicos que operam no porto nortenho. E foi recebido entre um misto de satisfação e de incredulidade, até porque o responsável governamental não especificou o âmbito das mudanças a operar, e muito menos disse como será possível aplicar em Leixões um regime de trabalho portuário diferente do vigente nos demais portos.
Certo é que nos últimos anos o porto de Leixões tem vivido um clima de paz social, passando incólume aos conflitos laborais que têm agitado os outros portos nacionais, e em particular o porto de Lisboa. Inclusivamente, quando os protestos dos sindicatos dos trabalhadores portuários visaram a proposta de lei do Trabalho Portuário que o anterior Governo de José Sócrates tentou fazer aprovar na Assembleia da República nos últimos dias da legislatura.
A revisão da legislação do trabalho portuário é uma reivindicação do sector, tão antiga quanto difícil de implementar. E se hoje os entraves laborais à operacionalidade dos portos nacionais não têm a dimensão de outros tempos, a verdade é que a rigidez de algumas disposições continua a limitar a adaptação às novas condições do mercado, implicando sobrecustos e perda de competitividade.
Transportes & Negócios 21-06-2010
20 de junho de 2010
Agenda cultural
Se tiverem algumas sugestões que possam interessar não hesitem, mandem para alguém do blogue que será editada.
Ainda falta uma longa semana de trabalho mas deixo aqui uma sugestão para o próximo fim-de-semana.
19 de junho de 2010
17 de junho de 2010
Zona para café no terminal sul
É com bom grado que verificamos que a empresa Socarpor, procedeu à limpeza no local utilizado pelos trabalhadores para a sandes. E como podem ver nas fotos, tiradas hoje dia 17-06-2010 as melhorias foram muitas comparadas com a fotos que tiramos inicialmente. Talvez as altas chefias da empresa não soubessem como estava o local. Só não entendemos muito bem o porquê das cadeiras e mesas estarem ainda fechadas à chave na divisão ao lado. Mas mesmo assim obrigado pelas melhorias do local.
16 de junho de 2010
O Portaló
Fiz uma procura na Net sobre Portaló e o significado que aparece é:
Lugar, por onde se entra em um navio, ou por onde se tira ou recebe a carga.
Para nós o Portaló é a pessoa que faz os sinais normalmente para o grueiro, fica aqui um exemplo de um portaló.
Lugar, por onde se entra em um navio, ou por onde se tira ou recebe a carga.
Para nós o Portaló é a pessoa que faz os sinais normalmente para o grueiro, fica aqui um exemplo de um portaló.
13 de junho de 2010
S.T.P.A comemorou o 35º aniversário
Quinta-feira dia 10/06/2010 no dia em que o S.T.P.A comemorou o 35º aniversário realizou-se um passeio de bicicleta a São Jacinto. Não sei se por medo da chuva ou por outros motivos as pessoas desperdiçaram um tão animado convívio, ficam aqui algumas fotos.
RETRATO DE UM PORTUÁRIO – ENCARREGADO 51
No longíquo dia 29 de Outubro de 1988, houve um almoço, no restaurante Abílio Marques em Bonsucesso, do qual participei como convidado, num repasto que reuniu 20 portuários de Aveiro.
O anfitrião da reunião foi o Sr. Raúl Gomes Ferreira, que juntou alguns amigos para com ele comemorarem o seu novo estatuto de cidadão aposentado, depois de muitos, muitos anos de trabalho em diversas e duras actividades.
No Porto de Aveiro, onde trabalhou cerca de 20 anos, o amigo Raúl, deixou aos mais novos a imagem de amigo verdadeiro, respeitável colega e profissional competente. A sua figura de encarregado era impar! A estima e a admiração que aqui deixo pode ser partilhada por outros colegas estivadores e conferentes. Dos encarregados ao pessoal dos quadros das empresas todos apreciavam e distinguiam a sua colabração profissional e humana.
No final daquele almoço, levantei-me e dirigi-me ao amigo Rául com uma folha de papel na mão, onde tinha dactilografado, na IBM eléctrica lá do Sindicato, a minha homenagem lírica.
Passados estes quase 22 anos, aqui no Blogue “Estivadores Aveiro”, muito me apraz poder repetir o singelo tributo a um dos encarregados que fez uma boa escola no Porto de Aveiro. (Sobre a difícil missão do encarregado, voltarei proximamente).
Aqui deixo o meu retrato do “Encarregado 51”.
Trouxe consigo a evolução do cáis.
Do trabalho mais suado, ao de agora,
Do navio incerto, às ordens tais,
Que o contrato era verbal e pago à hora.
Dia-a-dia mostrou ser
O que do Homem é dever
Personalidade forte e carácter.
Amigo e companheiro todos o podiam haver.
No trabalho foi sempre igual:
Com método, segurança e mestria,
Soube dirigir, cumprir e ser leal.
A todos nós marcou com sabedoria.
Com chuva, noitadas, vento e frio.
Ele e nós no trabalho duro, dava gosto vê-lo
Presente, pronto, atento e timoneiro,
Com sua coragem, nos motivava segui-lo.
Quem o queria escutar, seu tempo não perdia,
Se corrigia, era frontal e sempre pela certa;
À chamada, em tom castiço, nosso cartão pedia.
De resto, era ouvinte atento às historietas da Berta ...
Por graça, com graça respondia,
No momento certo seu mote metia,
Assim competia, quando outros perdiam,
Estava como queria e todos o ouviam.
No passado da censura apertada e fascista,
Lutou na primeira fila: todos queriam um Sindicato.
Para isso dedicou empenho, luta e coragem;
Ao “não” de Leixões, ao “sim” de Viana, foi gabarito
Daqueles companheiros que se opunham à vassalagem.
Chegou a hora da reforma, é a sua vez,
Vai o amigo Raúl, gozá-la agora e com satisfação.
Em casa muito carinho para ela, pois Deus vê,
Fora os amigos e estar a tarde com eles, pois então!
Aveiro, 24 de Outubro de 1988 44+Cem
O anfitrião da reunião foi o Sr. Raúl Gomes Ferreira, que juntou alguns amigos para com ele comemorarem o seu novo estatuto de cidadão aposentado, depois de muitos, muitos anos de trabalho em diversas e duras actividades.
No Porto de Aveiro, onde trabalhou cerca de 20 anos, o amigo Raúl, deixou aos mais novos a imagem de amigo verdadeiro, respeitável colega e profissional competente. A sua figura de encarregado era impar! A estima e a admiração que aqui deixo pode ser partilhada por outros colegas estivadores e conferentes. Dos encarregados ao pessoal dos quadros das empresas todos apreciavam e distinguiam a sua colabração profissional e humana.
No final daquele almoço, levantei-me e dirigi-me ao amigo Rául com uma folha de papel na mão, onde tinha dactilografado, na IBM eléctrica lá do Sindicato, a minha homenagem lírica.
Passados estes quase 22 anos, aqui no Blogue “Estivadores Aveiro”, muito me apraz poder repetir o singelo tributo a um dos encarregados que fez uma boa escola no Porto de Aveiro. (Sobre a difícil missão do encarregado, voltarei proximamente).
Aqui deixo o meu retrato do “Encarregado 51”.
Trouxe consigo a evolução do cáis.
Do trabalho mais suado, ao de agora,
Do navio incerto, às ordens tais,
Que o contrato era verbal e pago à hora.
Dia-a-dia mostrou ser
O que do Homem é dever
Personalidade forte e carácter.
Amigo e companheiro todos o podiam haver.
No trabalho foi sempre igual:
Com método, segurança e mestria,
Soube dirigir, cumprir e ser leal.
A todos nós marcou com sabedoria.
Com chuva, noitadas, vento e frio.
Ele e nós no trabalho duro, dava gosto vê-lo
Presente, pronto, atento e timoneiro,
Com sua coragem, nos motivava segui-lo.
Quem o queria escutar, seu tempo não perdia,
Se corrigia, era frontal e sempre pela certa;
À chamada, em tom castiço, nosso cartão pedia.
De resto, era ouvinte atento às historietas da Berta ...
Por graça, com graça respondia,
No momento certo seu mote metia,
Assim competia, quando outros perdiam,
Estava como queria e todos o ouviam.
No passado da censura apertada e fascista,
Lutou na primeira fila: todos queriam um Sindicato.
Para isso dedicou empenho, luta e coragem;
Ao “não” de Leixões, ao “sim” de Viana, foi gabarito
Daqueles companheiros que se opunham à vassalagem.
Chegou a hora da reforma, é a sua vez,
Vai o amigo Raúl, gozá-la agora e com satisfação.
Em casa muito carinho para ela, pois Deus vê,
Fora os amigos e estar a tarde com eles, pois então!
Aveiro, 24 de Outubro de 1988 44+Cem
12 de junho de 2010
Primeiro carregamento do comboio na SOGRAIN
Foi na quarta-feira dia 9 de Junho que se fez o primeiro carregamento de cereal no TGS , no caso foi trigo. Apesar de ter sido o primeiro pode-se dizer que correu muito bem. Nas fotos podemos ver que os vagões entram e vão fazendo a tara , sempre de seguida. Feita a tara o comboio vai andando à frente e vai carregando, vagão a vagão. Depois e só verificar se as trancas estão bem fechadas e selar o vagão. Operação esta que é feita sempre a bom ritmo.
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