O plano estratégico elaborado pelo Governo de Timor – Leste para 2011 – 2030, reflecte claramente os objectivos desta antiga colónia Portuguesa para os próximos 20 anos.
De enaltecer, antes de mais, que este plano teve como base de formulação uma auscultação ao “povo”, fazendo-os sentirem-se parte integrante neste tão importante processo de definição da estratégia nacional e, por consequência directa, motivando os seus cidadãos para o desenvolvimento dos esforços necessários para a sua concretização.
“ A verdadeira riqueza de qualquer nação é a força do seu povo”.
Timor-Leste é um país independente desde 2002 e, desde então, uma das principais preocupações dos seus líderes é o “alívio”da pobreza, a consolidação da segurança e da estabilidade bem como o gradual suprimento das necessidades de educação e de saúde do país, para que se possa, assim, alicerçar o seu desenvolvimento futuro e sustentável.Nos últimos anos três anos, mais concretamente, a economia do país cresceu a 2 dígitos e melhorou significativamente o bem-estar e o nível de vida da sua jovem e próspera população, mais de 50% tem menos de 19 anos.Timor-leste possui recursos naturais valiosos, tal como o petróleo. Uma das estratégias de desenvolvimento baseia-se na aplicação das receitas provenientes da exploração deste sector, bastante lucrativo, na educação e na saúde, bem como incentivar exploração agrícola e ter capacidade de financiar as infra-estruturas cruciais para o desenvolvimento do seu país e também gerar emprego.
No que directamente se relaciona com o sector portuário, aqui ficam algumas linhas gerais da sua estratégia.Timor-Leste tem em Dili, sua capital, o seu único porto internacional. Este porto serve todo o país, quer a nível nacional e/ou internacional para importação ou exportação.Com um volume actual de movimentos de 200 mil toneladas/ano, (80% In and 20% Out), espera um crescimento de 20% ao ano, baseando-se no crescimento de economia, na movimentação de contentores.Com as condições actuais dos portos de Timor – Leste e considerando o seu aumento de movimentação de mercadorias nos últimos anos, já existe algum congestionamento portuário, que varia entre 3 a 8 navios diários.Com as expectativas de crescimento da economia e de desenvolvimento do país versus infra-estruturas portuárias, esta situação rapidamente se tornará insustentável.
A estratégia delineada para este sector passa por:
• Construir um porto em Tibau, para escalas de navios de passageiros e mercadorias.
• Construir um porto em Suai, que permita o estabelecimento de plataformas logísticas e de serviços portuários de apoio à indústria petrolífera
• Construção de portos regionais para apoio à exportação/importação; pescas; turismo e plataformas de apoio ao comércio de produtos agrícolas.
Dada a relação estreita que existe entre Timor e Portugal, esperamos que esta perspectiva de crescimento possa desencadear novas oportunidades para as empresas Portuguesas, através do investimento em sectores como:
- Energias Eólicas
- Energia Solar
- Centrais de biomassa
- Construção de Infra-estruturas rodoviárias
- Construção de Infra-estruturas Portuárias
- Construção de Infra-estruturas portuárias
- Entre outros.