26 de setembro de 2011

POSSIVEL PERIGO DE SAUDE PUBLICA no Porto de Aveiro?

CARTA ABERTA

Exs. Leitores,

Como morador da cidade da Gafanha da Nazaré, no Distrito de Aveiro, venho por este meio demonstrar a minha extrema preocupação e elevado interesse numa resolução possível para um problema que tem afetado todos os residentes na proximidade do Porto de Aveiro, terminal junto ao Jardim Oudinot.
 O referido problema tem-se revelado uma preocupação com a saúde pública, assim como reduzido drasticamente a qualidade de vida dos moradores gafanho-nazarenos. Por exemplo, ainda hoje, dia 19 de setembro de 2011, sucedeu uma carga/descarga no dito terminal, libertando pó de madeira, sem ser acautelado, como se pode observar nas fotos em anexo a esta Carta Aberta.
 Esclarecendo tal entropia, verifica-se que quando existem tais cargas/descargas, sem qualquer cuidado, que as casas, carros e outros objetos ficam severamente sujos, cobertos de pó, e que os moradores vivem numa atmosfera irrespirável, durante dias, suportando problemas respiratórios e variados incómodos. Para agravar ainda mais a situação, que chega a ser mais do que uma vez por mês, a mesma entropia também sucede aquando de cargas/descargas que libertam pó branco. Os moradores questionam-se se será cal e que problemas de saúde este pó poderá causar, não obtendo respostas por parte da Administração do Porto de Aveiro – APA, S.A..
 A existência destas situações chega a ser burlesca, dada a permanência de um Responsável do Ambiente, nomeado pelo Conselho de Administração, bem como de um Grupo de Ambiente e de um Grupo de Auditores Ambientais, na composição orgânica da APA, S.A..
 O burlesco ainda se torna maior quando se lê o Manual de Gestão Ambiental proclamado pela referida Administração (MGA - Manual de Gestão Ambiental – APA, S.A. – Versão 2). Passando a citar: “Assim, a Administração do Porto de Aveiro reafirma as suas responsabilidades ambientais e renova o compromisso da melhoria contínua, assente nos seguintes princípios: (…) Prevenir a poluição e minimizar os impactes ambientais significativos associados às atividades desenvolvidas (…)”.
 Esta Administração, que no mesmo MGA se assume “empenhada em constituir-se como indutora de práticas que respeitem o princípio do desenvolvimento sustentável e da preservação do meio ambiente”, tem demonstrado vilipêndio pela saúde dos residentes ao lado do Porto de Aveiro, pela atmosfera que estes respiram e em que estão inseridos.
 Na sociedade atual e com os crescentes conhecimentos tecnológicos que combatem a poluição, esta situação é merecedora de escárnio, para além de toda a óbvia preocupação com a saúde pública.
 Como morador interessado numa resolução com a maior brevidade possível, procedo assim à divulgação deste problema.
  
Cumprimentos,

João Martinho
 (carta enviada por um habitante da Gafanha e leitor do nosso blog)









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