O porto de Lisboa, apesar de sofrer uma
forte pressão urbana com uma grande densidade populacional e com todos
os constrangimentos que daí advêm, tem necessidade de encontrar soluções
complementares que possam minimizar o impacto que o transporte
rodoviário apresenta na região de Lisboa, tentando melhorar o escoamento
de fluxo de cargas, através de outros modos de transporte, neste caso
concreto, o modo ferroviário e fluvial, privilegiando, assim, a
possibilidade de expansão no seu hinterland, através da sua integração
na cadeia logística.
A intermodalidade com base na ferrovia e no fluvial é sem dúvida o
principal meio de descongestionar a rede de infra-estruturas
rodoviárias, quer em Portugal, quer no resto da Europa.
Assim, fará sentido pensar que, para o porto de Lisboa, o modo mais
eficiente para alargar o hinterland, na medida em que o escoamento de
mercadorias via rodovia é hoje maioritario, será o transporte
ferroviário e o marítimo/fluvial. A redução do congestionamento e da
poluição do ar por coexistir ao mesmo tempo com alternativas viáveis e
eficientes para os players interessados, com a criação de plataformas
logísticas ligadas ao porto, onde se integrem os vários modos de
transporte, em comunhão com um sistema informático logístico comum, numa
espécie de plataforma única que integre e possa permitir a expedição
intermodal fácil de utilizar, fiável e flexível, facilitando a fluidez
da mercadoria, reduzindo a burocracia e tempos de espera, ajudando a
descongestionar as infra-estruturas de transportes rodoviárias.
Estas são medidas que poderão trazer benefícios financeiros, logísticos e ambientais a curto, médio e longo prazo, para evitar riscos de excesso de tráfego nos acessos rodoviários e maximizando o uso das capacidades do porto, evitando o consequente desperdício de dinheiro público.
É claro que para tudo isto funcionar e se integrar na perfeição serão necessários investimentos quer na revitalização das infra-estruturas já existentes, quer na criação de novas plataformas logísticas e a nível tecnológico. Seria necessário revivificar o modo ferroviário, dedicando linhas exclusivas ao transporte de mercadorias. Mas sobretudo, e mais importante ainda, promover o transporte marítimo/fluvial, criando ramais fluviais e zonas equipadas para transbordo e para permitir a fluidez das mercadorias transportadas.
Essa dinamização, o seu ordenamento e regulamentação, trariam benefícios e reduziriam o impacto rodoviário no hinterland do porto, através da excelente condição navegável que o rio e o Estuário do Tejo oferecem.
Torna-se, assim, imperativo pensar que a criação de plataformas logísticas especializadas em determinados tipos de carga, em junção com a dinamização do transporte fluvial, e a criação de áreas para o transbordo dessa carga, deverá ser incluído na cadeia logística podendo vir a mostrar-se bastante competitivo, pois permitiria ao porto aumentar a sua capacidade de movimentação de carga com a consequente possibilidade de atracção de novos operadores portuários, aumentando o seu hinterland como porto integrador da cadeia logística, oferecendo novos serviços.
Não esquecer que as vias navegáveis interiores beneficiam de uma capacidade potencial subutilizada em termos de infra-estruturas e embarcações, onde poderiam fazer face a volumes de tráfego superiores aos existentes, e da eliminação dos estrangulamentos existentes na rede.
O porto de Lisboa poderá tornar-se, assim, um elemento crucial na cadeia de logística, assumindo uma posição privilegiada e podendo ter uma forte articulação com todas as plataformas logísticas e terminais intermodais dentro da sua área de influência. E o desenvolvimento do transporte fluvial e do transporte marítimo de curta distância deverá assentar num serviço portuário eficaz, facilitador, dinamizador e, baseado nos princípios da concorrência regulada.
Sandra Figueiredo da Cunha
Mestranda em Gestão Portuária na ENIDH
Estas são medidas que poderão trazer benefícios financeiros, logísticos e ambientais a curto, médio e longo prazo, para evitar riscos de excesso de tráfego nos acessos rodoviários e maximizando o uso das capacidades do porto, evitando o consequente desperdício de dinheiro público.
É claro que para tudo isto funcionar e se integrar na perfeição serão necessários investimentos quer na revitalização das infra-estruturas já existentes, quer na criação de novas plataformas logísticas e a nível tecnológico. Seria necessário revivificar o modo ferroviário, dedicando linhas exclusivas ao transporte de mercadorias. Mas sobretudo, e mais importante ainda, promover o transporte marítimo/fluvial, criando ramais fluviais e zonas equipadas para transbordo e para permitir a fluidez das mercadorias transportadas.
Essa dinamização, o seu ordenamento e regulamentação, trariam benefícios e reduziriam o impacto rodoviário no hinterland do porto, através da excelente condição navegável que o rio e o Estuário do Tejo oferecem.
Torna-se, assim, imperativo pensar que a criação de plataformas logísticas especializadas em determinados tipos de carga, em junção com a dinamização do transporte fluvial, e a criação de áreas para o transbordo dessa carga, deverá ser incluído na cadeia logística podendo vir a mostrar-se bastante competitivo, pois permitiria ao porto aumentar a sua capacidade de movimentação de carga com a consequente possibilidade de atracção de novos operadores portuários, aumentando o seu hinterland como porto integrador da cadeia logística, oferecendo novos serviços.
Não esquecer que as vias navegáveis interiores beneficiam de uma capacidade potencial subutilizada em termos de infra-estruturas e embarcações, onde poderiam fazer face a volumes de tráfego superiores aos existentes, e da eliminação dos estrangulamentos existentes na rede.
O porto de Lisboa poderá tornar-se, assim, um elemento crucial na cadeia de logística, assumindo uma posição privilegiada e podendo ter uma forte articulação com todas as plataformas logísticas e terminais intermodais dentro da sua área de influência. E o desenvolvimento do transporte fluvial e do transporte marítimo de curta distância deverá assentar num serviço portuário eficaz, facilitador, dinamizador e, baseado nos princípios da concorrência regulada.
Sandra Figueiredo da Cunha
Mestranda em Gestão Portuária na ENIDH
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