Entra esta
sexta-feira em vigor o novo regime do trabalho portuário, que esteve na origem
da greve dos estivadores que se arrastou por seis meses. O sindicato do sector
terminou a greve, mas garante que a luta vai continuar nos tribunais.
Em declarações à agência Lusa, Vítor Dias, dirigente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, reiterou a intenção de requerer a inconstitucionalidade da lei e fazer uma denúncia junto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), por violar a convenção, que, referiu, "prevalece sobre as leis do país".
"Estamos a trabalhar nesse sentido, estando o processo nacional [pedido de inconstitucionalidade da lei] mais avançado do que a denúncia à OIT", avançou.
Em declarações à agência Lusa, Vítor Dias, dirigente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, reiterou a intenção de requerer a inconstitucionalidade da lei e fazer uma denúncia junto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), por violar a convenção, que, referiu, "prevalece sobre as leis do país".
"Estamos a trabalhar nesse sentido, estando o processo nacional [pedido de inconstitucionalidade da lei] mais avançado do que a denúncia à OIT", avançou.
Vítor Dias disse que os estivadores estão à espera do início da negociação do novo Contrato Colectivo de Trabalho com as entidades empregadoras para "minimizar o impacto da nova legislação laboral e criar alguma estabilidade para bem dos portos".
Este novo regime, previsto no memorando de entendimento com a “troika”, vem substituir a legislação laboral em vigor desde 1993.
A restrição das tarefas consideradas como trabalho portuário é a principal alteração à legislação, com o serviço nas portarias, nos armazéns bem como a condução de veículos pesados a deixarem de ser considerados trabalho portuário.
Enquanto os sindicatos argumentam que o novo regime vai conduzir a despedimentos, o Governo defende que a nova lei vai criar emprego, através do aumento da competitividade dos portos nacionais.
De acordo com os dados do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), a carga total movimentada pelos sete portos nacionais em 2012 cresceu 1,7% em relação ao ano anterior.
Todos os portos cresceram no último ano, à excepção de Aveiro, cujo movimento estagnou, e Lisboa e Setúbal, os mais afectados pela greve, onde a carga movimentada caiu 10,3% e 12,1%, respectivamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário