No ano passado, os portos nacionais movimentaram 1,74 milhões de TEU. Um recorde absoluto. No entanto, o ritmo de crescimento da actividade abrandou face aos anos anteriores.
Entre 2004 e 2012, o movimento de contentores nos portos nacionais, medido em TEU, cresceu cerca de 85%, tendo passado de 940 mil para 1,74 milhões. A cada ano que passou, foi estabelecido um novo recorde. A excepção foi 2009, por causa do eclodir da crise internacional.
No ano passado, o crescimento foi de 8,9% face a 2011. Leixões atingiu um recorde histórico, na casa dos 630 mil TEU (cresceu mais de 100 mil TEU num só ano). Sines igualmente alcançou o seu melhor registo de sempre, nos 553 mil TEU. E ambos conseguiram compensar as perdas de Lisboa (e, numa outra escala, de Setúbal).
O resultado alcançado foi, pois, muito positivo. Desde logo, por ser um recorde. Mas também por ter sido conseguido num ano difícil, por causa da crise, agravada com as sucessivas paralisações dos trabalhadores portuários. Facto é que o crescimento verificado (e conseguido muito à custa das exportações, que tiveram um comportamento excepcional) ficou aquém do registado em 2011, quando o número de TEU processados nos portos nacionais avançou perto de 11%. E esteve muito longe dos cerca de 16% de aumento verificados em 2010. 2013 dirá se a tendência de abrandamento do crescimento se manterá. Lisboa deverá recuperar algum do movimento perdido, mas isso poderá custar cargas a e Leixões e (em menor escala) a Sines. As exportações estão a perder fôlego e a crise que persiste não alimenta as importações.
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