O director do Porto da Palmeira quer que os estivadores
suplementares passem a abastecer as viaturas no cais, como forma de
colmatarem o défice salarial provocado pela diminuição dos trablhos de
cabotagem.
Em declarações à Inforpress, Carlos Melquíades explica que a proposta aos estivadores suplementares surge devido à diminuição demovimentação de cabotagem e um aumento de navios ro-ro no porto da Palmeira que exigem menos estiva e um sistema de chamadas, facto que “afecta” esta categoria em termos de receita.
Em declarações à Inforpress, Carlos Melquíades explica que a proposta aos estivadores suplementares surge devido à diminuição demovimentação de cabotagem e um aumento de navios ro-ro no porto da Palmeira que exigem menos estiva e um sistema de chamadas, facto que “afecta” esta categoria em termos de receita.
“Neste
sistema o pessoal suplementar apanha poucos navios, e consequentemente
factura menos. Tendo em conta as reclamações nesse sentido, propomos que
se organizassem por forma a executarem, também, o abastecimento das
viaturas no cais, em vez de ser efectuada pelos ajudantes dos carros que
vão buscar as mercadorias. Seria mais seguro e, em contrapartida
garantiam um dia de trabalho, mas recusaram a proposta”, observou.
Melquíades esclarece que antes o trabalho de estiva funcionava com um sistema de chamadas com turnos fixos, mas com vista a corresponder à realidade actual e perspectivando o futuro, introduziu-se o sistema de chamadas por categorias, distribuídos em quatro turnos.
“Isto é, se um navio precisa de conferente, capataz, guincheiros, estivadores para trabalharem no porão, etc, fazemos o recrutamento mediante especialidade que a embarcação necessita. Daí a desvantagem do pessoal suplementar em poder facturar mais, o que aliás, ultimamente, tem sido a base das reclamações. Apresentamos alternativa para que possam garantir um dia de trabalho mas preferem laborar só com navios”,explica.
Segundo Carlos Melquíades, se os estivadores suplementares aceitassem a proposta iriam ser tomadas medidas no sentido de interditar a entrada dos ajudantes das viaturas no porto para que o trabalho de abastecimento fosse feito apenas pelo pessoal da ENAPOR.
Aponta que a disputa entre os estivadores é que num navio de longo curso, um descarregador pode facturar cerca de 15 mil escudos por 8 horas de trabalho enquanto que num navio de cabotagem fazem esse mesmo período por pouco mais de mil escudos.
“A solução para os suplementares é a movimentação na ilha. Tendo mais circulação de navios poderão facturar mais. Todavia, no porto da Palmeira temos outros trabalhos que não seja apenas descarregamento dos navios e que podiam ser realizados perfeitamente por esse pessoal. Mas querem trabalhar só com embarcações… ficam em desvantagem com o novo sistema de chamadas conjugado com a diminuição do movimento”,reiterou.
Actualmente o Porto da Palmeira conta com 42 estivadores inscritos, 28 suplementares porém na lista consta 50, que trabalham por sistema de hora, e mediante contentor ou unidades.
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