4 de dezembro de 2012

Estivadores da Madeira e « a vaca que já não dá leite para todos»

Ficaram célebres as palavras de um antigo dirigente sindical dos estivadores, José Manuel Freitas, que há cerca de 20 anos caracterizava o porto do Funchal como uma vaca que dava leite para todos. Hoje o panorama já não é o mesmo e a prova disso é a participação de mais de uma dezena de estivadores madeirenses nos protestos que decorreram esta semana junto à Assembleia da República, em Lisboa, contra uma nova lei do trabalho portuário que já provocou sucessivas greves nos portos nacionais.
A vaca continua a existir mas só uns poucos têm direito a leite . As operações portuárias da Madeira renderam no ano passado uma facturação de 10,3 milhões de euros à OPM,o operador portuário do Grupo Sousa que domina o sector, mas deste montante apenas 8 por cento (824 mil euros) foi para pagar remunerações aos 76 estivadores que trabalham no cais, a carregar e descarregar navios no Caniçal, e que são contrata-
dos pela Empresa de Trabalho Portuário (ETP). Tanto a OPM como a ETP são presididas por Luís Miguel Sousa, que não quis comentar ao DIARIO a agitação no sector nem as implicações da nova legislação.

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