Os promotores das manifestações que reuniram, no sábado, um milhão de pessoas em diversas cidades do país e no estrangeiro propõem a realização de uma vigília junto à Presidência da República, na sexta-feira, às 18h, quando estiver reunido o Conselho de Estado (ver evento). “Exigimos o rasgar do memorando da Troika e a demissão deste governo troikista. Se o governo não escuta, que escute o Presidente da República”, afirmam.
O Chefe de Estado convocou para sexta-feira uma reunião do Conselho de Estado, na qual pediu também a presença do ministro das Finanças.
Os cidadãos e cidadãs que convocaram a manifestação "Que se Lixe a Troika" apelam a uma vigília ao Conselho de Estado, dia 21 de Setembro, com início às 18h, em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa. Nuno Ramos de Almeida, um dos autores do manifesto que originou as manifestações de sábado, disse à Lusa que a ideia da “vigília pacífica” junto ao Palácio de Belém ocorreu, entre outras, no final do desfile que decorreu em Lisboa, que juntou 500 mil pessoas. O objetivo, acrescentou, é “pressionar” para “inverter esta política” e conseguir a “alteração deste tipo de posições e de políticas da troika” e a “desautorização” do Governo e da sua política de austeridade.
A vigília tem já um evento no Facebook, no qual mais de 3 mil pessoas já confirmaram a sua presença (um número sempre a crescer).
"No dia 15 de Setembro o país tomou as ruas para dizer BASTA!, naquelas que foram as maiores manifestações populares desde o 1º de Maio de 1974. Exigimos o rasgar do memorando da Troika e a demissão deste governo troikista. Se o governo não escuta, que escute o Presidente da República e o seu Conselho de Estado. Não é não! Não queremos apenas mudanças de nomes, queremos mudanças de facto", lê-se na convocatória.
No comunicado enviado à imprensa, os convocadores da manifestação “Que se lixe a troika” afirmam que “apoiarão, como cidadãos e cidadãs, todas as lutas, da mais pequena à maior: desde as concentrações sectoriais às grandes manifestações convocadas pelos sindicatos para as próximas semanas(…), exigindo o fim deste governo e de qualquer outro governo de austeridade, como ficou expresso popularmente”.
Deixam ainda bem claro que se comprometem a fazer “todos os esforços para ajudar a construir uma greve geral de forte adesão popular, que seja capaz de parar todo o país, em união contra o desastre que nos é imposto”.
O Chefe de Estado convocou, para dia 21 de Setembro, uma reunião do Conselho de Estado, na qual pediu também a presença do ministro das Finanças.
A decisão de Cavaco Silva foi conhecida na sexta-feira passada, incluindo-se no rol de acontecimentos que seguiram o anúncio do primeiro-ministro de mais medidas de austeridade, entre elas o aumento da Taxa Social Única (TSU) de 11 para 18 por cento para os trabalhadores, a par da diminuição da mesma taxa para os patrões.
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