Aveiro, 4 set (Lusa) - As duas empresas de estiva que operam no porto de Aveiro não querem fazer parte da comissão de gestão da Empresa de Trabalho Portuário (ETP) de Aveiro, no âmbito da proposta do plano de insolvência que se encontra a votação.
A informação foi avançada pela administradora de insolvência da ETP de Aveiro Paula Mattamouros Resende, durante a assembleia de credores que decorreu hoje no tribunal de Aveiro e em que estiveram representados quase 98 por cento dos credores. A proposta do plano de insolvência previa uma "gestão tripartida", dividida entre a administradora da insolvência, um elemento indicado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPA) e um elemento indicado pelas entidades patronais.
No entanto, Paula Mattamouros Resende disse que as empresas de estiva Aveipor e Socarpor recusaram o convite, pelo que a empresa será, numa fase inicial, gerida apenas por dois elementos: o presidente do STPA, Eduardo Marques, e a administradora de insolvência.
O advogado da Aveiport e Socarpor disse, por seu lado, que as empresas "sentiram-se afastadas desde o início da elaboração deste plano, pelo que consideram que o plano não resulta efetivamente de uma concertação".
"Nenhuma das sugestões apresentadas foi tida em conta, nem houve nenhuma resposta", adiantou o causídico. A juíza que presidiu à assembleia de credores deliberou que o plano de insolvência será votado por escrito no prazo de dez dias.
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