A
melhoria das acessibilidades marítimas, classificada como prioridade
n.º 4 entre os projectos eleitos pelo GTIEVA, deverá permitir a
Setúbal receber e operar navios de média dimensão Panamax, sublinha
a administração portuária.
A
obra, com um custo estimado de 25 milhões de euros, permitirá a
escala de navios “com 13 metros de calado em qualquer maré”,
“permitindo manter a posição do porto no mercado shortsea de
contentores e deepsea ro-ro e carga fraccionada”, acrescenta a APSS.
A
propósito, a Administração liderada por Vítor Caldeirinha relembra a
capacidade já instalada no porto, em particular no Multiusos Zona 2,
actualmente com capacidade para movimentar 250 mil TEU/ano e só
utilizada em 25%, mas podendo chegar aos 650 mil TEU/ano mediante a
instalação de mais pórticos.
Para
avançar quase de imediato é a expansão do terminal ro-ro, também
eleito pelo GTIEVA (em 18.º lugar). A obra, de 3,5 milhões de euros,
permitirá ganhar 5,8 hectares de terrapleno, para onde a APSS prevê
“um hub automóvel, de crosstrade intercontinental na ligação entre
as rotas do Atlântico, África, Ásia e Mediterrâneo, e de
distribuição de veículos para Portugal e Espanha até Madrid”.
A
estes dois projectos Setúbal quer acrescentar a melhoria as
acessibilidades ferroviárias aos terminais. Só o projecto de ligação
à Mitrena, em estudo, representará um “potencial para aumentar o
movimento nacional anual de cargas por ferrovia até dois milhões de
toneladas, isto é, mais 20% do total actual”, sublinha a APSS.
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