O
Terminal XXI deverá fechar este ano muito perto do milhão de TEU,
para uma capacidade instalada de 1,1 milhões. A ampliação para os
1,7 milhões só deverá estar concluída no final de 2014. A PSA Sines
propõe-se investir até cerca dos 3-4 milhões de TEU mas pede a
prorrogação da concessão. No horizonte está a aliança P3.
Este
ano, o movimento de contentores em Sines deverá crescer cerca de
70%. Um resultado “imprevisível”, reconhece o presidente do porto,
João Franco, e que coloca o Terminal XXI à beira da saturação. Para
o ano, as previsões são de um crescimento de 10%. O que já será de
“lançar foguetes”, diz o gestor, até porque o aumento de capacidade
para os 1,7 milhões de TEU só estará disponível no final de 2014.
As
obras de prolongamento do cais em 210 metros, para um total de 940
metros, da responsabilidade da PSA Sines, deverão iniciar-se em
Janeiro próximo.
Mas
a PSA Sines quer fazer mais. Dos seus planos consta o prolongamento
do cais em mais 290 metros, o que elevará a capacidade do terminal
de Sines para a casa dos 3-4 milhões de TEU. O investimento estimado
é de 94 milhões de euros, a que acrescerão cerca de 50 milhões de
euros para o prolongamento do Molhe Leste, da responsabilidade da
APS.
Em
contrapartida ao investimento, a PSA Sines quer o prolongamento da
concessão, que termina em 2029, por mais 15 anos. As negociações com
o Governo duram há meses. João Franco diz possuir um parecer
jurídico que valida a prorrogação do contrato.
A
MSC tem sido o “motor” do crescimento do Terminal XXI. A TIL,
“braço” da MSC para a gestão dos terminais de contentores, já
participa no capital da PSA Sines. A MSC integra a aliança P3 (com a
Maersk Line e a CMA CGM), que já terá escolhido o porto alentejano
para hub em Portugal (aliás, a CMA CGM também já opera em Sines,
utilizando a capacidade dos navios da MSC).
Tudo
factores que certamente pesarão na decisão do Executivo sobre as
pretensões da PSA Sines, que deverá ser conhecida até Março próximo.
No
entretanto, com o resultado deste ano Sines saltará para quinto
maior porto da Península Ibérica no tráfego de contentores. E João
Franco acredita que no final da década poderá estar em terceiro.
Com
o aumento das cargas movimentadas (que não apenas dos contentores),
a APS projecta chegar ao final do exercício de 2013 com um volume de
negócios de 36 milhões de euros e resultados líquidos de 11,8
milhões de euros.
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