28 de agosto de 2012

Estivadores cabo-verdianos estão em greve por tempo indeterminado

Os trabalhadores reivindicam um aumento de 70 a 100 porcento dos subsídios de férias e de Natal, assim como um aumento de cinco porcento dos valores a serem pagos para a descarga em regime de tonelada.
Praia - Os mais de 300 estivadores do Porto da Praia, na capital cabo-verdiana, entraram em greve esta segunda-feira por tempo indeterminado, para forçarem a direção da Empresa da Administração dos Portos de Cabo Verde (ENAPOR) a dar uma resposta positiva às suas reivindicações, noticia a Panapress.
O presidente do Sindicato da Indústria, Agricultura, Comércio e Serviços e Afins (SIACSA), Gilberto Lima, que diz representar a maioria dos estivadores,  explicou que esses trabalhadores reivindicam um aumento de 70 a 100 porcento dos subsídios de férias e de Natal, assim como um aumento de cinco porcento dos valores a serem pagos para a descarga em regime de tonelada.
Os estivadores exigem igualmente o aumento de subsídios de turno e a sua  afetação à carga e à descarga de todos os tipos de navios.
Para além das reivindicações apontadas, a direção da ENAPOR ainda não se pronunciou sobre o reajuste salarial para 2012.
Gilberto Lima garante que os estivadores só avançaram para esta greve porque as negociações com a ENAPOR para a satisfação das reivindicações da classe "fracassaram".
O presidente do SIACSA diz-se, entretanto, aberto a novas negociações com a administração do Porto da Praia, com a intermediação da Direção Geral do Trabalho (DGT), para se encontrar as soluções possíveis para satisfazer as reivindicações dos estivadores e evitar a continuidade da greve, que, segundo ele, poderá ter "efeitos desastrosos".
A direção da ENAPOR ainda não se pronunciou sobre a greve que deixa praticamente paralisado o porto que movimenta o maior volume de carga no arquipélago.
Sabe-se, no entanto, que os prejuízos resultantes desta nova paralisação serão bastante avultados, uma vez que a empresa deixa de arrecadar receitas diárias na ordem dos 10 mil contos cabo-verdianos (cerca de 100 mil euros).

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