6 de setembro de 2011

Trabalhadores Portuários de Cabedelo conseguem 15% de aumento

Os sindicatos dos trabalhadores portuários de Cabedelo (Conferentes, Arrumadores, Estivadores, Blocos e Vigias), conseguiram aumento salarial de 15% no salário a partir de 1° de setembro de 2011.
Além do aumento de 15% no salário-dia, foi garantida ainda 9% na taxa de produção.
As outras propostas, apresentadas pelos sindicatos, tais como: a implantação da vale transporte, do vale alimentação, redução da jornada de trabalho e liberação dos dirigentes sindicais, irão ser discutidas ainda este mês de Setembro.
O presidente da Intel-sindical e Diretor da CTB/PB, Ricardo Taboza, foi mais uma conquista da categoria. “Em 2010 conseguimos 7% de aumento salarial e agora passamos para 15%, mas ainda ta pouco e precisamos fortalecer a nossa luta para conseguirmos as outras reivindicações apresentadas, tais como o vale alimentação, vale transporte, redução da jornada de trabalho e a nossa liberação com ônus para as empresas, para podermos desempenhar as nossas atividades nas entidades sindicais.” Disse o sindicalista.

No último dia 25 de agosto de 2011, foi lançada a campanha salarial dos trabalhadores de Cabedelo com o apoio da CTB/Paraíba, onde na oportunidade foi realizado um ato público em frente ao portal principal do Porto e em seguida todos saíram em caminhada até o Teatro Santa Catarina, onde foi realizada uma sessão especial para discutir o desenvolvimento do Porto de Cabedelo.
O presidente da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba, José Gonçalves, que esteve diretamente envolvido na mobilização e no processo de negociação, também achou positivo o aumento salarial de 15% e 9% na taxa de produção. “ O grande desejo de todos os trabalhadores portuários de Cabedelo é ganhar igual aos trabalhadores dos outros portos, como também terem condições dignas de trabalho, mas pouco a pouco, depois da presença da CTB a coisa vem mudando e os empresários estão compreendendo que tem que investir nos trabalhadores, especialmente melhorando os seus salários e garantindo outros direitos”. Afirmou Gonçalves.
Outro dado que preocupou o presidente da CTB foi a realização da seleção para escolher trabalhadores para o Porto, com o número de desistências, pois praticamente 50% não quiserem assumir o serviço como arrumadores e estivadores. “ Mais uma vez está demonstrado, que a mão-de-obra tem que ser renovada, mas para isso, os trabalhadores não estão mais aceitando salários irrisórios e péssimas condições de trabalho, como está sendo demonstrado na recusa de muitos em assumirem esse tipo de trabalho no Porto,” destacou o sindicalista.

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