CARTA ABERTA
Exs. Leitores,
Como morador da cidade da Gafanha da Nazaré, no Distrito de Aveiro, venho por este meio demonstrar a minha extrema preocupação e elevado interesse numa resolução possível para um problema que tem afetado todos os residentes na proximidade do Porto de Aveiro, terminal junto ao Jardim Oudinot.
O referido problema tem-se revelado uma preocupação com a saúde pública, assim como reduzido drasticamente a qualidade de vida dos moradores gafanho-nazarenos. Por exemplo, ainda hoje, dia 19 de setembro de 2011, sucedeu uma carga/descarga no dito terminal, libertando pó de madeira, sem ser acautelado, como se pode observar nas fotos em anexo a esta Carta Aberta.
Esclarecendo tal entropia, verifica-se que quando existem tais cargas/descargas, sem qualquer cuidado, que as casas, carros e outros objetos ficam severamente sujos, cobertos de pó, e que os moradores vivem numa atmosfera irrespirável, durante dias, suportando problemas respiratórios e variados incómodos. Para agravar ainda mais a situação, que chega a ser mais do que uma vez por mês, a mesma entropia também sucede aquando de cargas/descargas que libertam pó branco. Os moradores questionam-se se será cal e que problemas de saúde este pó poderá causar, não obtendo respostas por parte da Administração do Porto de Aveiro – APA, S.A..
A existência destas situações chega a ser burlesca, dada a permanência de um Responsável do Ambiente, nomeado pelo Conselho de Administração, bem como de um Grupo de Ambiente e de um Grupo de Auditores Ambientais, na composição orgânica da APA, S.A..
O burlesco ainda se torna maior quando se lê o Manual de Gestão Ambiental proclamado pela referida Administração (MGA - Manual de Gestão Ambiental – APA, S.A. – Versão 2). Passando a citar: “Assim, a Administração do Porto de Aveiro reafirma as suas responsabilidades ambientais e renova o compromisso da melhoria contínua, assente nos seguintes princípios: (…) Prevenir a poluição e minimizar os impactes ambientais significativos associados às atividades desenvolvidas (…)”.
Esta Administração, que no mesmo MGA se assume “empenhada em constituir-se como indutora de práticas que respeitem o princípio do desenvolvimento sustentável e da preservação do meio ambiente”, tem demonstrado vilipêndio pela saúde dos residentes ao lado do Porto de Aveiro, pela atmosfera que estes respiram e em que estão inseridos.
Na sociedade atual e com os crescentes conhecimentos tecnológicos que combatem a poluição, esta situação é merecedora de escárnio, para além de toda a óbvia preocupação com a saúde pública.
Como morador interessado numa resolução com a maior brevidade possível, procedo assim à divulgação deste problema.
Cumprimentos,
João Martinho
(carta enviada por um habitante da Gafanha e leitor do nosso blog)
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