O terramoto e os tsunamis que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) causaram graves danos aos portos do país. Com uma economia baseada na exportação, portos fechados podem significar perdas elevadíssimas por dia para a economia japonesa, segundo a publicação do setor Lloyd’s Intelligence. Cerca de 7% de tudo o que o Japão fabrica sai do país pelos portos. Grande parte dessa mercadoria não será exportada. Além das exportações, a estrutura portuária também é essencial para que o Japão receba ajuda externa, matérias primas e produtos que possam ajudar a reconstruir as áreas devastadas.O tremor de 8,9 graus na escala Richter afetou principalmente portos que embarcavam contentores para indústrias de produtos eletrônicos, como a Hitachi e a Daikin.
O analista da empresa Nomura Securities, de Tóquio, diz que o impacto do desastre foi maior do que o do terremoto de Kobe, que atingiu o Japão em 1995 e matou 6.000 pessoas.
- Após o terremoto de Kobe, a atividade no transporte de cargas levou três meses para voltar aos níveis pré-terremoto.
O analista da empresa Nomura Securities, de Tóquio, diz que o impacto do desastre foi maior do que o do terremoto de Kobe, que atingiu o Japão em 1995 e matou 6.000 pessoas.
- Após o terremoto de Kobe, a atividade no transporte de cargas levou três meses para voltar aos níveis pré-terremoto.
Os portos de Tóquio e de todas as regiões localizadas ao sul da capital estavam operando normalmente após o tremor.Os portos de Hachinohe, Sendai, Ishinomaki e Onahama, que ficam no nordeste do país, devem passar meses ou até anos sem funcionar. Apesar destes serem portos considerados médios, especializados no transporte de contentores, alguns também manipulavam combustíveis e alimentos.
Para o gerente de operação Tetsuya Hasegawa, a recuperação será demorada.
- Esses portos precisarão de muito tempo até que possam ser plenamente restaurados
Para o gerente de operação Tetsuya Hasegawa, a recuperação será demorada.
- Esses portos precisarão de muito tempo até que possam ser plenamente restaurados
Prejuízo
No ano passado, o comércio marítimo do Japão, terceira maior economia mundial, totalizou R$ 2,5 trilhões (US$ 1,5 trilhão). Os valores foram convertidos de dólar para real a partir do custo das duas moedas nesta segunda (US$ 1 equivalendo a R$ 1,66).De acordo com a consultoria internacional Eqecat, citada pela rede de TV americana CNN, as perdas no país asiático podem chegar a R$ 166 bilhões (US$ 100 bilhões). Desse número, R$ 66,4 bilhões (US$ 40 bilhões) são de danos à infraestrutura japonesa, como rodovias, ferrovias e portos. Os valores foram convertidos de dólar para real a partir do valor da moeda americana nesta segunda (US$ 1 valendo R$ 1,66). Em ienes, o prejuízo é estimado entre 14 trilhões e 15 trilhões. Esses números, no entanto, ainda são preliminares e podem aumentar daqui pra frente.
Prevendo o temor dos investidores internacionais, o Banco Central do Japão anunciou nesta segunda-feira (11) planos de injetar o valor recorde de R$ 303 bilhões (US$ 183 bilhões) no mercado. Outros R$ 101 bilhões (US$ 61 bilhões) serão usados como garantia para fundos de risco.
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