3 de outubro de 2011

Por...José António Terroso Modesto

Quando observamos, na praia de Matosinhos, um navio a afastar-se da costa, navegando mar dentro, na brisa matinal, estamos perante um espectáculo de rara beleza.
O navio, impulsionado pela força das máquinas, vai ganhando o mar azul que nos parace cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na chamada linha remota e indecisa, onde aí o mar e o céu se encontram.Caros Amigos, todos nós observamos o navio a sumir-se na linha do horizonte, certamente todos nós exclamamos "já se foi"...terá sumido?
Não, certamente o perdemos de vista.O referido navio continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de todos nós, no seu porto, no porto de Leixões-continua tão capaz quanto antes de levar aos portos de destino as cargas recebidas.O navio não se evaporou, apenas não o podemos ver mais, cumpriu a sua missão, olhe que ele continua o mesmo, e talvez no exacto instante em que alguns de nós dizemos "já se foi", haverá outras vozes, mais além que afirmam "lá vem ele", e com este espectáculo de rara beleza que é a partida e chegada do navio, a vossa expressão, tal como a minha, é só uma, sorrir já que o navio de que todos nós gostamos, nunca morre, apenas parte amoooontes de nós.
É a partida de alguns...é a chegada para outros...
Jose Antonio Modesto


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