A TCL aposta em
replicar em Ferrol o modelo operacional e de gestão que lhe tem
permitido fixar sucessivos recordes de movimentação de contentores
em Leixões, disse Lopo Feijó, em declarações à “Port Strategy”.
O terminal de
contentores de Ferrol (concessionado por 35 anos FCT, detida a 100%
pela TCL) deverá estar operacional na primeira metade do próximo
ano. Porque se trata de um terminal construído de raiz, “nos dois
primeiros anos é de esperar que geraremos um tráfego anual de talvez
não mais de 50 mil TEU”, referiu Lopo Feijó.
Todavia, o
terminal está projectado para uma capacidade anual de 1,2 milhões de
TEU. Com mil metros de frente de cais e fundos de -20 metros, o
terminal de Ferrol poderá receber e operar os maiores
porta-contentores, incluindo os Triple E de 18 000 TEU ainda no
início de construção.
Uma mais-valia
com a qual a FCT se propõe concorrer com todos os portos localizados
entre Bilbau e Barcelona, aproveitando as oportunidades que resultem
do alargamento do canal do Panamá e fazendo valer o facto de Ferrol
ser o terminal de deep sea mais próximo dos portos do Norte da
Europa (já congestionados).
O tráfego de
import-export é também uma aposta da TCL para Ferrol. “O governo da
Galiza está muito empenhado em promover o desenvolvimento da região
em redor de Ferrol, onde já estão localizadas várias indústrias
importantes”, referiu a propósito Lopo Feijó. “Actualmente, essas
indústrias têm de recorrer a outros portos, em especial o de La
Coruña, que não tem um terminal de contentores dedicado, nem tem
planos para o construir”.
Para equipar o
terminal na fase de arranque, a TCL adquiriu dois pórticos
post-panamax e quatro RTG do terminal da Acciona, em Algeciras. O
reforço dos equipamentos será feito à medida que se justifique, com
Lopo Feijó a adiantar que o projecto prevê “até nove pórticos de
cais”.
Sobre a maneira
de operar o terminal de contentores de Ferrol, Lopo Feijó lembrou o
facto de a FCT ser integralmente detida pela TCL, pelo que “o nosso
objectivo é introduzir ali {em Ferrol] a mesma filosofia de gestão
que tem sido tão bem sucedida em Leixões. Ao mesmo tempo,
pretendemos aproveitar possíveis sinergias entre os dois terminais”.
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