Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE), que representa a quase totalidade dos trabalhadores, afirma que a adesão à greve geral foi decidida na segunda-feira, durante um plenário.O sindicato diz que a adesão à greve geral de quinta-feira é a "primeira fase de um processo de luta que poderá levar à paralisação total e por tempo indeterminado do terminal portuário de Leixões, pondo em causa o regular abastecimento de cereais ao norte de Portugal".A Silos de Leixões, empresa do grupo Gestmin, de Manuel Champalimaud, é responsável pela receção, armazenagem e entrega de granéis alimentares no Porto de Leixões.O SITESE acusa a Silos de Leixões, que há cinco anos explora o terminal portuário, de estar a "aproveitar-se da atual conjuntura política para reduzir ilegalmente os direitos e regalias dos seus trabalhadores", quando se tinha comprometido a mantê-los "inalterados no contrato de concessão".Segundo o sindicato, "os trabalhadores não aceitam perder de um dia para o outro o seu Acordo de Empresa e o Regulamento de Regalias Sociais apenas porque o patrão decidiu aumentar os seus lucros, eliminando, por exemplo, as progressões e carreiras profissionais, as anuidades, os complementos dos subsídios de doença e de acidentes de trabalho, o sábado como dia de descanso semanal, os feriados de carnaval e municipal, ou deixando de pagar o subsídio de refeição".Para o SITESE, trata-se de "um exemplo de um grave e abusivo aproveitamento da crise económica para enriquecimento ilícito por parte de uma empresa que, sendo privada, explora o serviço público de abastecimento de cereais ao país e, por isso mesmo, devia ter um mais exigente comportamento ético e empresarial".
A greve geral de quinta-feira foi marcada após o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, nomeadamente a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública, assim como o aumento do tempo de trabalho no setor privado.
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