O PCP, através do Sector dos Transportes da Organização Regional de Lisboa, está a alertar os trabalhadores portuários para os ataques aos seus direitos e condições de vida de que serão alvo a breve prazo. Os comunistas realçam que o próprio memorando assinado entre as troikas nacional e estrangeira prevê a revisão do «quadro legal que rege o trabalho portuário para o tornar mais flexível, incluindo o estreitamento da definição do que constitui o trabalho portuário, aproximar o quadro jurídico das disposições legais do Código do Trabalho». Tanto o programa do Governo PSD/CDS como o Plano Estratégico para os Transportes (PET), apresentado recentemente, reafirmaram esta intenção.
O PET vai ainda mais longe, alertam os comunistas. Depois de garantir que «será revisto o regime do trabalho portuário», o PET realça que «a mão-de-obra portuária constitui um dos elementos mais significativos da estrutura de custos dos portos, sobretudo porque a sua disciplina jurídica não soube acompanhar a evolução tecnológica ao nível dos navios, dos equipamentos e dos métodos e técnicas de operação portuária». Como solução, o Governo prevê a «adequação» do trabalho portuário a esta «evolução».
Para o PCP, apesar de não ser ainda conhecido o conteúdo concreto das medidas a impor neste sector, as intenções são claras: «reduzir salários, reduzir direitos, desregulamentar o acesso ao trabalho e liberalizar horários. Numa frase: intensificar a exploração da força de trabalho». No comunicado, os comunistas lembram ainda que estas medidas, quaisquer que venham a ser, somam-se às que atingem todos os trabalhadores: facilitação dos despedimentos e redução das indemnizações, congelamento salarial, roubo no subsídio de Natal, entre outras.
Salientando que «basta de roubos e de exploração», o PCP apela à participação dos trabalhadores portuários na Greve Geral convocada para 24 de Novembro na qual, acredita, os trabalhadores «darão uma importante resposta a esta ofensiva».
4 comentários:
Boas, Amigos, na ultima vez que fiz greve fiquei desiludido, foi uma palhaçada e perdi a confiança no meu sindicato, isto está tudo podre e corrumpido, só uma revolução para endireitar o país, mas uma que reenvente essa tal de democracia que parece que só serve para alguns.
havemos de trocar impressões pelos mails.
Um Abraço
Manuel
Força na troca de informações.
Só unidos é que demonstramos a nossa força.
Abraço
Orlando Miguel08
Isto é verdade,é um facto que querem mexer connosco e de que maneira.Quanto á adesão á Greve isso devem ser as Federações do setor a tomar posição e transmitir aos Sindicatos que as suportam.
Abraço
Augusto
Ola Augusto,
quanto a mim,e tendo a certeza que vão mexer connosco, só com uma grande união entre portuários é que podemos ter força para enfrentar o que nos vai aparecendo pela frente.Em relação a greves, nos tempos que correm não sei se será a uma boa opção, mas claro é só a minha opinião.
Abraço
Orlando Miguel08
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