O
regresso da Safmarine a Algeciras e a Málaga marca o último episódio
do conflito entre concessionários e trabalhadores que está a afectar
a operação dos dois terminais de contentores do porto de Tanger-Med.
Nos
primeiros nove meses do ano, a movimentação de contentores em
Tanger-Med cresceu 25% em termos homólogos, atingindo os 1,8 milhões
de TEU, essencialmente movimentos de transhipment, de acordo com os
dados da Agência Nacional de Portos (ANP) marroquina.
Todavia, nem tudo corre sobre rodas no terminal. Pelo contrário. Nas
últimas semanas têm-se sucedido as paralisações dos terminais da
Eurogate e da APM Terminals, com os trabalhadores a reclamarem
aumentos salariais e a contestarem o recurso à subcontratação de
mão-de-obra. Segundo os relatos da imprensa local, as concessionárias terão
chegado a impor o “lock out”, impedindo o acesso dos trabalhadores
às instalações portuárias durante cerca de uma semana. Em
consequência das constantes perturbações do serviço, e face à
ausência de perspectivsas de melhoria, a Safmarine decidiu retirar
de Tanger-Med e regressar a Algeciras e a Málaga. O movimento é
importante pelos volumes envolvidos, mas mais ainda pelo facto de a
Safmarine ser, como a APM, parte integrante do grupo AP
Moller-Maersk. O
terminal de contentores da APM começou a operar em Setembro de 2007
e nele já foram investidos 135 milhões de euros. Já o terminal da
Eurogate (na verdade, uma parceria entre a Eurogate, a MSC e a CMA
CGM) arrancou no Outono de 2008, prevendo-se um investimento de 337
milhões de euros ao longo dos 30 anos de concessão.
fonte: transportesenegocios
fonte: transportesenegocios
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