Porto de Aveiro - Taxa Movimentação de Carga PARA LER NA ÍNTEGRA AQUI
Açores – outubro / 2014
Assisti
boquiaberto ao comportamento da Comunidade Portuária de Aveiro, durante
o período de tempo em que a APA “tratou” do assunto em referência.
Em
vez de uma entidade isenta, a C.P.A. teve um comportamento de “pau
mandado” obedecendo cega e desavergonhadamente às “ordens” da APA.
Parte
do comportamento, até se compreende, esta CPA, foi “armada” a belo
prazer da APA, com a singela finalidade de ser sua bengala.
Assim, a CPA desconhece (por absoluto desinteresse) o histórico das taxas e dos procedimentos no porto de Aveiro.
Caso
soubesse minimamente o que isto é e o que deveria ser o seu papel, a
CPA com certeza que não aceitaria que o seu comunicado de 24 de Setembro
passado, tivesse frases como: “… permitir aos utilizadores do porto
obter nestes terminais custos logísticos mais competitivos, por
incorporação de maior concorrência na operação portuária, só possíveis
num modelo de operação que potencie o licenciamento e não a concessão.”,
ou ainda “…estimulando também o investimento em equipamentos de
movimentação vertical (guindastes) privados, destinados a substituir as
unidades obsoletas pertencentes à autoridade portuária…”
Se
soubessem o que é este meio, perceberiam facilmente que uma ideia
contraria a outra. Mas enfim… aí no continente, às vezes não querem ver o
que está bem às claras.
Gostava
de lembrar a propósito que a taxa em questão, resultante das normas
transitórias do TGS, levou a APA a escrever em Janeiro de 2008, algo
assim: “ …Não haver lugar a débito suplementar pelo uso do equipamento
de movimentação vertical próprio por estes… garantam rendimentos
justificada e claramente superiores aos obtidos com os equipamentos da
autoridade portuária, de modo a que desse facto resulte um desempenho
acrescido na perspetiva da melhoria da competitividade do porto de
Aveiro.
Como
tenho a certeza que a CPA percebeu o porquê, eu explico: ao tempo, a
APA tinha as contas equilibradas, mas por falta de decisões da sua
administração, hoje tem um buraco orçamental (conta-se) de 3,5 milhões
de euros.
Assim, em vez de reduzir custos, há que mexer nas receitas, não interessa à custa de quem.
Como se diz em linguagem do sector: só estando dentro do barco, sabemos o que lá se passa.
Em
vez de contar lérias, seria bom que a administração contasse a verdade e
reconhecesse que este deficit resulta unicamente da sua teimosia e
inaptidão e ainda, de não ter concessionado em tempo devido os diversos
terminais (como todos os outros portos nacionais), que são tidos como um
exemplo de boa gestão e atualmente se preparam para baixar as taxas das
concessões.
Este é a verdade nua e crua. O resto são balelas.
Mas
permitam-me dar-lhe a conhecer (acredito que a CPA não saiba), que o
movimento do porto de Aveiro, após a entrada da nova taxa em setembro
passado, tem vindo a registar um decréscimo progressivo nas suas cargas,
que no primeiro mês foi na ordem dos 11% e tudo indica, será em outubro
ainda mais significativo.
- Como explicam esta situação?
- Onde raio estão os efeitos benditos que, como por milagre (ou bruxaria) a CPA prometeu com a nova taxa?
- Como vão explicar esta situação à Secretaria de Estado, onde em julho, tão à pressa, foram vender quimeras?
- O buraco orçamental da APA vai assim aumentar. Como resolver?
- Com novas taxas em 2015?
- Com aumento significativo das existentes??
Açores – outubro / 2014
5 comentários:
Ainda bem que existe uma APA e um CPA, para não deixar o Porto de Aveiro tornar-se numa selva.
Senhor Mario Dias,
fico confuso com este seu comentário.
Tendo eu trabalhado na empresa onde penso que ainda trabalha "alguns dias", não deixo de ficar perplexo com esta sua nova visão sobre APA e CPA. Digo nova visão, pois tendo eu trabalhado na dita empresa, participei em muitas assembleias e plenários de trabalhadores onde nos era dito que o administrador era isto era aquilo etc...a CPA só nos queria mal e os agentes eram todos maus para os estivadores... e não precisa dizer que era mentira. Na nova empresa (GPA), que contribui para o desenvolvimento do porto, temos muitos trabalhadores que ouviram o mesmo que eu. É certo que de repente o homem (administrador) passou a ser boa pessoa...( já era preciso) 50% de desconto nas instalações etc...é mau é. Selva senhor Mário Dias é ter alguém que fez aos trabalhadores do porto o que fez…isso sim…que os fez seguirem num direção e agora nem o telemóvel atendem aos mesmos trabalhadores…na altura e era porque o trabalhador não tem que fazer isto nem aquilo…e agora pelo que ouvi dizer….e peço desculpa se estou engando…até são requisitados trabalhadores para mudar computadores. Como os tempos mudam, é verdade, isso sim é um selva senhor Mário Dias…não se podia e de repente já se pode. Concordo plenamente que tenha de haver ordem e regulamentação em qualquer instituição, mas não me parece ser a melhor pessoa para chamar a atenção para qualquer coisa parecida com selva. Até porque selva é “aparecer” um presidente de um sindicato, numa assembleia de credores e dizer que esta disponível para pertencer a direção de uma empresa. Selva senhor Mário Dias, é apresentar um plano de viabilização de uma empresa em talvez 4 parágrafos, e dizer que temos de ir para tribunal e “não temos tempo para mais…” Selva senhor Mário Dias é alguns trabalhadores pedirem o tal plano de viabilização a alguém e esse alguém dizer….se queres o plano vai ao tribunal buscar, vai pró caralho… Selva, é despedir trabalhadores e depois pagarem indeminização, mas com o suor dos trabalhadores que por ai ficaram. Dizem as más-línguas, que com algumas promessas. Selva é esses trabalhadores trabalharem e receberem o que recebem…isso sim é selva…trabalham para pagar a outros que já não trabalham na dita empresa. Isso sim é selva, selva é ter nas mãos a liberdade de se colocar onde se quer…isso sim é selva. Selva é colocar trabalhadores em serviços mais pesados, quando estes dizem alguma coisa que não deviam dizer…selva companheiro é eu mesmo andar no peixe congelado de segunda a terça da semana seguinte a carregar blocos de peixe congelado enquanto outros se passeavam pelo caís…isso sim é selva. Mas sabe que não me custava muito até porque nunca tive medo de trabalhar.
Mas concordo consigo…o porto de Aveiro não pode nem deve vir a ser uma “SELVA” apenas deve trabalhar cada vez mais e melhor.
Cumprimentos e peço desculpa se disse alguma coisa que não corresponda á verdade.
O.Miguel
selva é chegar ao natal e ver que por santidade de excelentissimas entidades empregadoras.... as crianças de uns são e sempre foram filhos de deus e outras foram até 2013 filhos da puta!tenho dito!
esta direção atende sempre o telefone! a inveja ė uma coisa feia!!!
Só me resta dar-lhe os meu parabéns. Efectivamente este País precisa de pessoas que construam coisas sólidas e futuros brilhantes para os vindoiros. Afinal quem é o comum dos mortais que não sonha ser estivador, trabalhar dias e dias até à meia-noite e levar restos para casa, à custa de uns lordes que continuam a esfolar POR ENQUANTO mais qualquer coisa. O senhor tem razão, só trabalho alguns dias, onde continuo a dar o meu melhor, e continuo a deitar-me com a cabeça na minha travesseira, sem euros é verdade, mas com muita DIGNIDADE. Sabe, eu já fui precário e não desejo isso a ninguém, nem muito menos irei dar-me ao luxo de não sendo patrão ter uma legião de "escravos" a sustentar o meu ego.
Gostaria no entanto e quanto ao comentário dizer-lhe e reafirmar-lhe que os castelos e Fortes não irão aparecer no Porto de Aveiro, afinal os clientes preferem pagar mais uns tostões que daqui a uns tempos milhões.
Não posso deixar de lhe dizer que isto não é uma ofensiva ao que escreveu, é sim um estado de espirito, não irei entrar na toada de respostas a algo que escreva. Escreva à vontade, pode pôr o meu nome e dizer o que quiser, pois a mim só me ofende que eu quero e as inverdades só atingem os fracos.
Quanto ao resto, queria deixar aqui algo muitas vezes afirmado por alguém. SEJAM FELIZES, se forem capaz, é obvio.
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