11 de fevereiro de 2011

Nova RTE-T corre risco de ser fator de divisão da Europa

A revisão da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), que será provavelmente apresentada no próximo mês de junho, poderá vir a originar um conflito entre os países periféricos e os países de trânsito.
Apesar de Siim Kallas, comissário europeu de Transportes e vice-presidente da CE, ter feito uma declaração, que aqui publicámos anteontem, no sentido de transformar a nova RTE-T num fator de desenvolvimento dos países periféricos, o ministro alemão dos Transportes, Peter Ramsauer, disse no conselho informal de ministros dos Transportes, que decorreu na segunda e terça-feira passadas na Hungria, que os interesses dos países de trânsito (como a Alemanha) não podem ser negligenciados. "Uma demasiada concentração em projetos de transporte nos países da periferia da UE poderia conduzir a uma sobrecarga de trânsito nos países mais centrais ", disse ele.
Na Europa Oriental, os países periféricos temem que a metodologia proposta pela Comissão lhes venha a ser desfavorável em termos de afetação dos fundos reservados para as RTE-T, o que significa que não são ilimitados.
As novas diretrizes para o desenvolvimento da RTE-T deverão estar prontas até o final de junho. Até lá, teme-se que as posições defendidas pelos países centrais, por uma lado, e pelos periféricos, de outro, conheçam posições extremadas.

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