19 de junho de 2011

VAMOS APRESENTAR OS NOSSOS ARGUMENTOS


No Verão de 1993 houve um pacto de concertação social tutelado pelo então Ministério do Mar, do qual era titular o Comandante Azevedo Soares (infelizmente falecido em 2010). Para este evento foram chamados a participar todas as entidades que estavam, pela sua natureza e actividade, ligadas à actividade marítima-portuária. E porque houve concertação, foi elaborado um documento subscrito também pelo STPA.
Como resultado prático do referido pacto, surgiram dois diplomas, que ainda estão em vigor, e que regulamentam respectivamente o regime jurídico do trabalho portuário (Dec-Lei 280/93, de 13 de Agosto) e o regime jurídico da operação portuária, ou trabalho nos portos (Dec-Lei 298/93, de 28 de Agosto. Em dezoito anos movimentaram-se milhões de toneladas de carga, compraram-se novos equipamentos e cumpriram-se todos os contratos e compromissos.
Nos últimos anos têm acontecido seminários, conferências, eventos locais e demais reuniões voltados para a temática dos portos que se localizam em Portugal Continental. Para tanto são apresentadas e depois difundidas análises, opiniões e pareceres técnico-jurídico-financeiro e económico em defesa de novas políticas e empreendimentos para a promoção das estruturas adjacentes de tão importantes recursos, ou seja, portos e sua actividade.

Nós, trabalhadores portuários, queremos ser parte integrante da concepção de novas políticas. Apesar de não sermos muito assíduos a este tipo de reuniões, que referi, no local de trabalho e na nossa actividade, não nos sentimos diminuídos. Sempre foi assim. Responderemos às críticas que provêem dessas reuniões (é comum ouvir dizer que o problema do Porto de Aveiro é a sua mão-de-obra) com desenvoltura, aptidão e profissionalismo. Temos a convicção plena que suportamos bem os novos e elevados ritmos de trabalho, operando também os equipamentos junto de modernos navios, que têm vindo a aumentar progressivamente os índices de produtividade.
Voltando ainda aos comentários que gestores e tecnocratas gostam de fazer nos citados eventos, em claras intervenções pré-elaboradas com sobranceria de criar algum protagonismo, apesar de aí defenderem interesses empresariais, ou o interesse público, não parece oferecerem um contributo eficaz para melhor estratégia empresarial. Apostam, sobretudo, na crítica destrutiva, como gostam de fazer certos políticos.
Um tema que nos é particularmente caro é o da reforma antecipada para os 55 anos de idade. Reivindicamos esta prerrogativa, tendo em conta o risco elevado e permanente no manuseamento da carga, o desgaste rápido, quer físico quer psicológico e ainda o trabalho com horário nocturno.
Despeço-me com o desejo de aceitarmos participar e discutir (e não acolher cobardemente decisões impostas), muito brevemente, em plenários e assembleias, temas quentes que já têm o seu ETA marcado.
 SC do 44+Cem.

3 comentários:

EstivadoresAveiro disse...

A ver vamos onde nos vão situar no meio disto tudo, fazendo o nosso trabalho é que nos podemos defender.
Obrigado por nos ires lembrando de algumas coisas amigo Herculano.
Abraço
Orlando Miguel08

Augusto disse...

Subscrevo estas verdades e opiniões porque fui testemunha de tudo quanto está aqui escrito que foi negociado com um homem de palavra,o Senhor Comandante Azevedo Soares.Se,cobardemente quiserm "mexer" connosco,vão ter luta,garantidamente!O tempo é de aguardar e ver o que esta "nova gente" engendra.
Abraço
Augusto

EstivadoresAveiro disse...

Ola companheiro Augusto,
mais uma vez obrigado pela força que nos vai dando com os seus comentários.É como diz, vamos estar atentos ao que vier por ai...
Abraço
Orlando Miguel08