Porque será?

Mas somos ou não trabalhadores do porto de Aveiro?

Devo dizer que ao ouvir estes senhores que participaram do E-80 Intermodality, conseguiram fazer com que a minha mente começa-se a trabalhar a grande velocidade, e ao ver os vídeos dei por mim a passar a mão pelo cabelo como se isso me ajudasse a coordenar as ideias. No inicio, ainda fiquei com um olhar expectante na esperança que aparecessem novidades, foi um esforço inglório. Acabei por assistir a uma palestra onde se falou, e pouco ou nada se disse. Alguém por ali disse que se tem de mudar mentalidades, e eu não podia estar mais de acordo com essa opinião, embora não perceba como se pode mentalizar alguém com pessoas menos mentalizadas do que as que são para mentalizar.

Um colega aqui do nosso blog, à algum tempo atrás lançou um titulo onde dizia que havia ordenados de atraso no porto de Aveiro, devo dizer que contra a minha vontade, pois quem tem ordenados em atraso somos nós os estivadores do porto de Aveiro. A quando dessa postagem logo fomos bombardeados com comentários a dizer que nós nada temos a ver com o porto de Aveiro, etc…

Depois de ver estes vídeos no site do mesmo porto de Aveiro, que publicámos aqui no nosso blog, chego à conclusão que mais ninguém aqui trabalha. Pois estes senhores demonstravam uma alegria que não se descreve a falar de nós (estivadores), e de repente  o porto de Aveiro não vai além do pessoal de estiva!!!

Até parece que existe uma conspiração da nossa parte para simular alguma coisa. Depois de ver isto tudo devo dizer, que nós temos de fazer das nossas fraquezas, as nossas forças, aquele sentimento de segurança com o passar do tempo está a dar lugar à apreensão, e nós devemos estar atentos. No meio disto tudo, alguns senhores que participaram não sabem bem o porquê de muitas coisas, e falam de uma maneira que nos deixa preocupados. Será que eles estejam informados de como se trabalha por aqui? Nós por aqui já estamos à tantos anos nesta rotina que já dispensamos ordens à custa de tanta repetição, já todos sabem o que fazer, o que não quer dizer que não estejamos dispostos a acatar qualquer tipo de ordem. Era bom que se invocasse o passado e se construí-se a partir dele. Mas como é possível fazer isso se andámos a trabalhar dezenas de anos a fio e a facturar como poucas empresas o fazem, e de repente não temos dinheiro? Estranho, não é? Também concordo. É costume dizer que homens bons gostam das pessoas e usam as coisas…Já os homens maus usam as pessoas e gostam das coisas.

Cumprimentos a todos 

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