O RUHRLAND acostado a uma das pontes-cais da Gafanha da Nazaré.Não há dúvida de que o porto de Aveiro, dadas as mínimas condições de acesso que já em finais da década de 50 oferecia à navegação, poderia em função comercial prestar grandes serviços à importante região, com altos benefícios para a sua economia. Pena foi que as suas instalações interiores continuassem a ser as primitivas, e que tal circunstancia motivava o afastamento para outros portos de navios cuja carga ou descarga, devido aos insuficientes recursos de que dispunha o porto, estaria sujeita a uma demora que as empresas de navegação não suportavam. A provar o que então se afirmava, teve-se o caso da importação de sal, parte do qual fora descarregado nos cais de Leixões para, depois, vir para Aveiro pelo caminho de ferro e, mais tarde ainda, o caso do bacalhau destinado às secas da Gafanha, vindo em arrastões Franceses e Alemães, que também se viram impossibilitados de demandar o porto Aveirense, e arribaram ao porto de Leixões, onde descarregaram a referida carga, que foi ali transbordada para camionetas, contudo mais tarde, devido à interferência das entidades ligadas ao porto, o bacalhau das capturas de arrastões Alemães, de pouco porte e calado, destinados às varias secas locais, passaram a ser descarregados na Gafanha da Nazaré, uma vez que os respectivos armadores facilitaram as “demurrages” devido aos problemas de pouca água na barra e no canal de navegação, e falta de locais de acostagem com maquinaria ou aparelhagem apropriada, clausulas contractuais essas, que usualmente os armadores não perdoam, como é óbvio.
Eis aqui alguns dos inconvenientes que traduziam sérios e importantes prejuízos para a vasta região Aveirense, e tudo isto foi uma chamada de atenção para que as autoridades responsáveis resolvessem aos poucos e poucos transformar o porto de Aveiro num dos grandes portos a nível nacional e porque não também poder-se afirmar internacional.
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