No primeiro fim-de-semana do corrente mês de Novembro, os temas trazidos nas primeiras páginas dos jornais, indicavam assuntos de interesse para os seus habituais leitores.
Desde o futebol, com o “clássico”, no Dragão, entre os da casa e as águias de Lisboa, a entrevista do líder da UGT, mas, sobretudo, com as deslocações do Presidente HU JINTAU, a Portugal, e a do chefe do Vaticano à vizinha Espanha, tendo visitado “o santuário” de Santiago de Compostela e a capital da Catalunha.
Quanto ao futebol, penso que já está digerida, mas não esquecida, a derrota do Benfica, como também já expandida toda a alegria do FCP. Quem também festejou foram os vimaranenses, pela vitória sobre o Sporting em Alvalade, pois gostam de futebol e são muito bairristas.
A entrevista do líder da segunda maior Confederação de Sindicatos, João Proença, não trouxe nada de novo: algumas notas desconhecidas sobre a sua biografia, o destaque da sua militância no PS, a actividade de deputado naquele partido, a sua amizade ao actual Primeiro Ministro, e mais nada de interessante vi. Ainda procurei, na mesma entrevista, a indicação do local conjunto das manifestações que vão ocorrer durante o dia 24/11 na sequência da Greve Geral anunciada: nada. Não haverá encontro, os Sindicatos de uma e de outra Confederação vão escolher locais distintos porque os líderes sindicais nacionais não querem misturas!!! Viva o sindicalismo português, que vai de mal a pior!
Quanto às referidas notícias dos chefes de Estado, o da China e o do Vaticano, que eu considero os dois homens mais poderosos do mundo, no momento, seria bom registarmos estes dois importantes acontecimentos.
Primeiro, nunca um papa foi tão contestado como este, em visita ao território espanhol. Comparando esta visita com aquela que o mesmo fizera recentemente ao nosso país, concluí que os cidadãos espanhóis saem à rua e manifestam-se: a favor da presença do ilustre visitante (cada vez menos) e contra (cada vez mais); estes porque reclamam, por exemplo, que não se justificava tamanha despesa pública, em segurança e protocolos, com o chefe do Vaticano e seus acompanhantes, sobrevalorizada em relação a outras visitas de outros chefes de Estado.
Uma referência também à visita do chefe de Estado de uma das maiores economias do mundo – justamente aquela que ameaça tornar-se no maior gigante financeiro do planeta. A China é o país que retém a maior reserva monetária do mundo. Irão os chineses comprar títulos de tesouro da dívida portuguesa, colocados em leilão nos mercados financeiros internacionais? Alguns comentadores dizem que sim. Entretanto, é intenção do Governo Português fomentar as condições políticas e económicas necessárias para atrair os decisores chineses. Em causa também, a oportunidade de novas exportações portuguesas para o grande mercado chinês.
Luísa Schmidt, que conheço do Expresso, escreve muito bem (deliciosa escrita!). Esta senhora jornalista afirmou: “A crise não se resolve, assim, apenas com manobras monetárias. Porque esse é apenas um lado da questão. A crise resolve-se saindo dela. Ou seja, saindo do modelo de vida que a produz e que lhe é inerente. Por isso, a grande oportunidade que a crise nos dá está em obrigar-nos a sair dela.”
Fiquem com estas dicas, que agora me despeço com um abraço amigo e cativo.
44+Cem.
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