O
braço de ferro entre os trabalhadores e os operadores portuários em
Lisboa está prestes a passar ao “nível seguinte” com a anunciada
paralisação do terminal de contentores de Alcântara por um período
de cinco dias.
Depois dos operadores portuários, da Agepor e da Apat, foi agora a
vez da Comunidade Portuária de Lisboa exprimir em comunicado o seu
repúdio pelo eternizar das greves, e alertar para os riscos que uma
tal situação acarreta para o futuro do porto da capital e quantos
nele trabalham e dele dependem.
Desde o passado dia 6, e até ao próximo dia 27, os trabalhadores
portuários de Lisboa estão a cumprir quatro paragens diárias (nos
dias úteis), entre as 9 e as 10, as 15 e as 16, as 18 e as 19 e as
22 e as 23 horas.
Para
os dias 15 e 18 e 19 estão anunciadas greves totais (entre as 8 e as
8) mas apenas no terminal de contentores de Alcântara, o mais
importante de Lisboa, concessionado à Liscont. Isso representará, na
prática, já avisou a concessionária, o fecho do terminal durante
cinco dias consecutivos, entre as 8 horas de dia 15 e as 8 horas do
dia 20.
Numa
nota emitida a propósito, a Inchcape Shipping Services alertou o
sector para os previsíveis atrasos no porto de Lisboa nas próximas
semanas, que deverão motivar muitos armadores a cancelarem as
respectivas escalas até que as greves terminem.
A
ISS lembra, se necessário, que as greves de agora se sucedem a meses
de protestos no ano passado, ainda e sempre por causa da nova
legislação do trabalho portuário.
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