15 de janeiro de 2013

ETP de Lisboa não renova com trabalhadores “a prazo”


A ETP de Lisboa não vai renovar os contratos de 17 trabalhadores que não estão no quadro e justifica com a quebra de actividade. O sindicato culpa a nova legislação, que entra em vigor no próximo dia 1.
 Numa altura em que operadores e trabalhadores portuários tentam negociar um novo Contrato Colectivo de Trabalho, a anunciada dispensa de 17 estivadores com contrato a termo certo ameaça o clima de diálogo defendido por ambas as partes. Confrontada com a quebra de actividade, e de receitas, provocada pelas greves que quase imobilizaram o porto de Lisboa durante meses, a ETP terá decidido denunciar o compromisso assinado em tempos com o sindicato, e que previa aumentos salariais e a integração no quadro dos 17 trabalhadores contratados a prazo. Com efeitos a partir do próximo dia 27.
A ETP de Lisboa conta 197 trabalhadores, 180 dos quais integram os quadros. Em Dezembro, a administração da empresa já havia alertado para o risco de insolvência, fruto da quebra de cerca de 40% no volume de trabalho. Reduzir custos, foi então dito, era inevitável. Mas não foram assumidos despedimentos. Agora, a situação só não será ainda pior porque 30% dos trabalhadores da ETP estarão de baixa. Do lado do sindicato, Vítor Dias, acusa os operadores de manterem os trabalhadores numa situação precária, com contratos de curta duração, e culpa a nova legislação do trabalho portuário que, diz, tenderá a agravar a situação.

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