Nos últimos 6 anos, a taxa de crescimento das exportações portuguesas foi superior à alemã, mas o problema do financiamento pode abrandar crescimento das exportações. A conclusão é de Manuel Caldeira Cabral, em artigo no JN. Caldeira Cabral é um economista lúcido e atento, mas os seus modelos tradicionais não lhe permitem integrar certas realidades, como a “guerra económica”. Se Caldeira Cabral introduzir na sua matriz de análise e nos seus cálculos o dispositivo conceptual da “guerra económica” (e não os modelos de uma civilizada, regulada e até gentil “livre concorrência”), verá que o problema do financiamento não só pode afectar o crescimento das exportações portuguesas (e de mais 25 estados da UE), como vai necessariamente afectá-lo e – mais e mais grave – como é esse o objectivo pretendido por quem está impor tais restrições à Europa – a Alemanha. Objectivo: eliminar concorrência e garantir a Alemanha como único grande pólo industrial europeu, reduzindo os restantes estados a “agricultura e serviços” ou mesmo (como no caso de Portugal) a “reservas de índios”. Esse é há mais de um século o projecto alemão de Europa… Basta ver os trabalhos teóricos e de sistematização, do início dos anos dez do século XX, sobre o que então chamaram de “guerra comercial”, a ver aqui.
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