Se remetermos para a história dos nossos antepassados, os Gregos e Romanos, que iniciaram a exploração das rotas deixadas pelos Fenícios, para poderem escoar as produções excedentárias em outros mercados, necessitavam de possuir e controlar os meios físicos e humanos, incluindo o transporte, para tornar possível a colocação dos seus bens em outros pontos do planeta e a concretização do todo o circuito comercial.
Uma vez chegada a embarcação ao destino, era necessário espoletar o interesse dos compradores e, uma vez vendida, contratar quem descarregasse o barco o que, por si só, era um risco devido aos roubos.
Claro que, com o evoluir do tempo, foi-se tornando evidente a necessidade de criar relações de confiança com pessoas locais para que organizassem as vendas dos produtos em segurança, tratassem de assegurar a descarga segura do barco e a criação de entrepostos comerciais e que, tal como hoje acontece, a estiva/desestiva é imprescindível para o sucesso de toda a operação.
Este negócio foi crescendo bem como o comércio internacional e foram-se especializando funções nesta área para que todos os interesses fossem satisfeitos. Como eram operações de alto risco que envolviam muitos meios físicos e financeiros, estes foram-se partilhando e crê-se que nesta altura aparece o conceito de armador e seguradoras, Sec. XVI.
Como logicamente se entende, os armadores sentiram a necessidade de se fazerem representar, nos portos escalados, por alguém da sua confiança e terem um controle total de todas as operações que envolvessem o seu barco. Foi aqui que nasceu o conceito de agente de navegação, o único elo de ligação com todas as partes envolvidas nestas transacções comerciais.
Nos dias que correm o agente de navegação continua a ser o legal representante do armador nos portos, mas tem um papel mais vasto.
Na actualidade não são os armadores que têm necessidade de procurar alguém da sua confiança que trate de todas as operações inerentes à escala dos seus barcos, mas sim os agentes de navegação que têm necessidade de “convencer” os armadores a escalar os portos, através da apresentação de projectos interessantes, ideias inovadoras, identificar vantagens comparativas, mostrar o potencial do mercado e do porto onde estão inseridos, prestando sempre serviços de qualidade, confiança e valor acrescentado.
Compete ao agente ser o elo de ligação entre os diversos intervenientes da cadeia, quer com os portos ou carregadores/recebedores, entidades alfandegárias, sanitárias, serviços de estrangeiros e fronteiras, tendo a capacidade de atempadamente dar resposta a todas e quaisquer dificuldades com que o navio, a tripulação ou a carga se possam deparar durante a sua estadia em porto.
Com a evolução dos tempos, o agente tem de ser capaz de prestar um serviço de qualidade ao armador e estar preparado para oferecer todos os serviços inerentes a uma escala, quero eu dizer, o agente de navegação tem de ser capaz de prestar um serviço de valor acrescentado ao armador e às partes envolvidas, recebedores/exportadores.
O agente de navegação tem um papel muito importante no aumento competitividade das nossas trocas comerciais, pois contribui para a procura de soluções de transporte eficientes, em quantidade, tempo, custo e qualidade proporcionando, por outro lado, a acessibilidade a custos razoáveis aos produtos importados.
Somos hoje operacionais de cargas e sistemas de transporte imprescindíveis às transacções internacionais de mercadorias.
(texto elaborado a partir da revista da marinha, com a ajuda de uma leitora do blog)
(texto elaborado a partir da revista da marinha, com a ajuda de uma leitora do blog)
1 comentário:
O meu obrigado a esta leitora que preferiu não ser referenciada aqui no blog e que ajudou na elaboração desde texto.
Orlando Miguel08
Enviar um comentário