8 de julho de 2011

JOSÉ, na nossa memória permanecerás como amigo, companheiro e homem bom!
 Trago aqui a recordação da tua e nossa vivência durante muitos anos como companheiros da mesma profissão e, para muitos de nós, juntando a amizade e empatia àqueles que te foram mais chegados. Nessa mistura de sentimentos perdurará a imagem da tua educação elevada e nobre com a qual olhavas para o teu semelhante, com  reverência  e  respeito, virtudes que soubeste cultivar e mostrar de uma forma sã, natural e coerente.
Nascemos para um dia morrermos. Vemos partir os nossos pais, outros familiares, amigos, e destes, colegas de trabalho que conhecemos e amamos para um dia acordarmos com a notícia do seu desaparecimento repentino ou vencidos por terrível doença. Fica sempre amargura e a não-aceitação da separação inexplicável e precoce.
Hoje recordo aqui o Carlos Bizarro (Jesus), o Alexandre Miguel (Massas), juntamente com esta sentida homenagem à memória do “Barrinhos”, sendo estes os ex-colegas que há menos tempo partiram.  Aos filhos, que muitos de nós conheceram desde o seu nascimento e depois em convívios vários, recordo que se chamam Samanta Bizarro, Bianca Bizarro, Rúben Ramos e Gonçalo Barros.
Quando estes meninos e meninas crescerem quererão saber coisas do Porto Comercial de Aveiro, para o identificarem como “o lugar onde o meu pai trabalhou”. Segredarão esta confissão às suas mães ou aos seus amigos, mas àqueles que foram colegas dos seus pais, que somos nós hoje, pareceremos homens estranhos e muito distantes do seu mundo.
Se a morte tem o dom de transformar o abstracto em concreto, o mito em realidade, põe  também  a descoberto a ignorância e a nossa incapacidade, enraizadas no materialismo que cultivamos. A propósito, transcrevo texto retirado do prólogo do livro “O Poder do Agora” do autor Eckhart Tolle: “A coroa de glória do desenvolvimento humano não reside na nossa capacidade de raciocinar e de pensar, embora seja isso que nos distingue dos outros animais. O intelecto, tal como o instinto, é apenas uma parte do nosso percurso. O nosso destino último é restabelecer a ligação com o nosso Ser essencial e expressar-nos a partir da nossa realidade extraordinária e divina no mundo físico e vulgar a cada momento. É fácil de dizer; no entanto, raros são os que atingiram os limites máximos do desenvolvimento espiritual e humano”.
CS do 44+Cem

1 comentário:

EstivadoresAveiro disse...

Obrigado Herculano por nos teres lembrado destes nossos colegas que já partiram.O Alexandre Miguel meu primo, que vai ficar para sempre recordado no meu pensamento.
Obrigado
Orlando Miguel08