O Governo
escolheu João Franco, até agora vogal na APS, para substituir Lídia
Sequeira na presidência do Porto de Sines. A gestora falou ao
TRANSPORTES & NEGÓCIOS do que é preciso para chegar ao “patamar
seguinte”.
A participação
na Conferência da Comunidade Portuária de Sines, na semana passa,
parecia, e terá sido mesmo, o último acto oficial de Lídia Sequeira
como presidente do porto de Sines. Na altura, questionada pelo
TRANSPORTES & NEGÓCIOS sobre se estava de saída, a gestora
desvalorizou o que chamou de “especulações”.
João Franco é o
sucessor anunciado, nomeado pelo Governo com efeitos imediatos
(ainda que não plasmados no site da APS). Com ele foram nomeados
Eduardo Bandeira, ainda Director de Qualidade do porto alentejano, e
João Pedro Soares.
Tal como há
muito se falava, no âmbito da reorganização da gestão dos portos e
da extinção do IPTM, a nova administração do porto de Sines assumirá
também a condução dos destinos dos portos algarvios de Faro e
Portimão.
Antes de
integrar a equipa liderada por Lídia Sequeira, nos últimos oito
anos, com responsabilidades nas áreas da Direcção de
Infra-estruturas e Ordenamento, da Direcção Financeira e Económica e
do Gabinete de Qualidade, João Franco passou pelo Metropolitano de
Lisboa e Carris, pelo IMP e pela Trantejo/Soflusa.
No seu discurso
na Conferência da Comunidade Portuária de Sines, Lídia Sequeira
disse que “está ganha a batalha para [Sines] ser um dos três maiores
[portos] da Península Ibérica e dos 20 maiores da Europa”.
O “patamar
seguinte”, reforçou, “é ficar ao nível dos principais portos da
Europa e ser uma referência mundial”. Mas, avisou, esse “patamar
seguinte exige uma visão política diferente. E isso já não está ao
alcance de Sines. Decide-se ao nível das prioridades nacionais. E
implica medidas que terão de ser tomadas agora”.
Ao TRANSPORTES
& NEGÓCIOS, Lídia Sequeira precisou que “é preciso, tal como
aconteceu em 2005, que exista uma vontade e uma orientação política
clara nesse sentido, concretizada na adopção de um conjunto de
medidas imediatas, tais como a execução da LTM (Linha de Transporte
de Mercadorias) e da Linha Sines-Grândola”.
“Mas para
acontecer é preciso fazer e não anunciar. E é simples perceber
porquê: só assim poderemos conquistar o mercado de Madrid”.
Quanto ao
objectivo, também anunciado, de chegar aos 44 milhões de toneladas
cerca de 2015, Lídia Sequeira lembrou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS
que”corresponde a um compromisso assumido no final de 2006 e
plasmado nas Orientações Estratégicas para o Sector
Marítimo-Portuário” e garantiu que “são números perfeitamente
atingíveis no que respeita ao Porto de Sines”.
“Na altura,
pensávamos poder chegar mesmo aos 50 milhões de toneladas, entrando
em conta com o grande investimento da Repsol que infelizmente não se
concretizou”, acrescentou. “Mas, genericamente, iremos atingir os
resultados então traçados e que resultam directamente de
investimentos e opções então traçadas”, reforçou a gestora.
Sem comentários:
Enviar um comentário