Administração dos portos caminha para uma empresa única

A reestruturação que o Governo pretende introduzir no sector portuário nacional, um dos poucos do Sector Empresarial do Estado (SEE) que tem apresentado lucros nos últimos anos, deverá concretizar-se com a constituição de uma empresa única para gerir os cinco principais portos nacionais, seguindo uma orgânica já defendida anteriormente em documentos oficiais.
Segundo diversas fontes do sector contactadas pelo Diário Económico, que pediram o anonimato, "a versão da empresa única para todo o sector portuário nacional está a ganhar peso", não só na tutela específica das Obras Públicas, mas também na tutela das Finanças, que pretende uma redução de 15% nos custos do SEE em 2011.
Com esta opção, proceder-se-ia à extinção das administrações dos portos de Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines e à sua substituição por uma empresa geral, provavelmente com cinco administradores, um para cada um dos referidos portos.
"Com esta medida, conseguir-se-ia poupar os ordenados de dez administradores públicos do sector", resumiu outra fonte desta área de actividade contactada pelo Diário Económico. Com efeito, cada uma das actuais administrações portuárias conta com três administradores, o que perfaz um total de 15 gestores públicos no sector, que passariam a ser apenas cinco.

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