16 de janeiro de 2010

Desculpas de mau pagador

Esta é sem dúvida a maneira mais fácil de sacudir a água do capote como “soi” dizer-se, mas como este é um dos poucos casos em que a culpa não pode morrer solteira há que “arrimar” para cima dos estivadores a má prestação do Porto de Aveiro, como se todos não soubesse-mos, quais as razões que estão por detrás deste acentuado decréscimo. (Crise, Greve e Outros Interesses Maiores )

Neste momento, há que justificar superiormente (diga-se, à tutela competente) os maus resultados do Porto de Aveiro, mas esses, sem dúvida, não somos ingénuos, não se ficaram a dever tão simplesmente à tão (agora) propalada greve dos trabalhadores, em Agosto, mas sim aqueles a quem cabe a decisão última, de utilizar este ou outro qualquer porto, mais conveniente para as estratégias, muito pouco clara que os grandes grupos económicos presentes neste sector de actividade definiram.

 
PORTO DE AVEIRO DIZ QUE GREVE DE AGOSTO PODERÁ TER CUSTADO QUEBRA DE 13%.


O porto de Aveiro terá tido uma quebra de 13% na movimentação de cargas em 2009 e a administração diz que, para além da crise, a greve de estivadores no Verão passado terá estado na origem dessa redução. José Luís Cacho sustenta a informação na tendência positiva seguida pelo porto naquela altura e que se inverteu a partir desse momento.
“Estimo que o porto terá perdido cerca de 13% das suas cargas em 2009. Acredito que isso está relacionado com a greve durante o mês de Agosto. Estando parado um mês tem repercussões nos meses imediatos. Se não fosse esse efeito teríamos fechado com resultados positivos. Julho foi o melhor mês de Sempre”, adianta José Luís Cacho.
O administrador do Porto de Aveiro diz que o problema da empresa de estiva ainda não está totalmente solucionado mas acredita que patrões e sindicados são sensíveis aos problemas causados pela última paragem. A captação de investidores é um dos objectivos prioritários.
José Luís Cacho adianta que há acções previstas para os próximos meses. A exposição comemorativa dos 200 anos da abertura da barra vai ser apresentada em Valladolid. Será pretexto para uma missão empresarial.

“Dia 26 de Março a exposição que esteve em Madrid, Lisboa e Universidade de Coimbra, bem com nos concelhos limítrofes da ria, vai a Valladolid a pedido do Governo de Castela e Leão. Vamos a aproveitar para mais uma missão comercial”, adianta José Luís Cacho. O porto de Aveiro procura aprofundar as relações comerciais com Castela e Leão.

In “Radio Terra Nova” – 15-01-2010

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