27 de maio de 2013

DIRECTOR-GERAL DA MSC PORTUGAL Carlos Vasconcelos vê em Aveiro o «futuro grande terminal de contentores do norte»

A ADFERSIT continua a desenvolver o Ciclo de Conferências 'Conectividade e Competitividade', com eventos mensais. Desta feita, o tema em foco foi o 'Futuro dos Terminais de Contentores em Portugal.
Um dos convidados para o papel de orador foi Carlos Vasconcelos (na foto), director-geral da MSC Portugal que, na sua intervenção, defendeu que o porto de Sines, a Sul, e o porto de Aveiro, a Norte, deverão ser as grandes apostas enquanto futuros grandes terminais de contentores do País.
Sobre a situação a Norte, lembrou os "constrangimentos" que o Terminal de Contentores de Leixões vem sofrendo, apontando Aveiro como solução. "Não creio que o Terminal de Contentores de Leixões seja, a longo prazo, o futuro para o norte de Portugal. O porto de Aveiro tem as melhores condições para ser o futuro grande terminal de contentores do norte", defendeu, acrescentando que o facto de Aveiro estar mais longe "dos grandes centros" não serve de argumento: "Sines também está, a distância hoje não tem grande peso nas decisões se existir uma boa solução logística".


Quanto ao Sul, começou por referir que "existirá sempre esta grande dicotomia Lisboa-Sines porque não creio que Setúbal tenha condições para receber os grandes navios", defendendo uma aposta "em Sines como grande porto deep sea e em Santa Apolónia para o short sea". Quanto à possibilidade Trafaria, foi claro: "Acho que Portugal não deverá investir num terminal de contentores em Lisboa e a Trafaria não deverá ser aposta. A Trafaria, pensando no mercado de Lisboa, será a pior coisa a fazer. Imagino o que será colocar os contentores a norte do Tejo. Já para não falar dos custos associados ao grande investimento que é necessário fazer". Para além disso, recordou que "os grandes armadores já têm os seus hub's instalados e não os estou a ver a viabilizar a Trafaria instalando-se aí". Ainda sobre o porto de Lisboa, defendeu que "Alcântara é uma batalha politicamente perdida".

"Já Sines tem uma capacidade de crescimento extraordinária, seja no terminal existente seja através da construção do novo Terminal Vasco da Gama", concluiu.

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